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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Medo

Nasci do medo num momento qualquer
Vivo por medo essa vida esdrúxula
Que me impuseram nesses cantos obscuros
Do mais profundo útero
que me deu a vida.

Ando pela vida, olho de soslaio o Sol que brilha
E tenho medo que me mate seus fulgores...
Quedo-me nas brancas nuvens de sonhos
À procura de quem me diga
Como evitar o medo que me assola a alma
A angústia de quem vive, mas já morreu.
                                         

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