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terça-feira, 10 de julho de 2012

                  Canto o canto de outros cantos


Canto o canto da palavra
Choro o choro da poesia
Rio o riso da beleza
Pinto a cara da disfarçatez
Volto à volta de quem me ama
Entrego-me a verdade de suas pernas
Beijo os lábios da saudade
Olho os olhos negros do silêncio
Busco a verdade que não foi dita
Canto o canto da beleza
Acaricio o ventre que dá a vida
Beijo o seio que alimenta
Entrelaço as mãos que acariciam
Olho os olhos que desejo
Sinto o cheiro de quem ama
Quero o brilho da paixão
Agarro os cabelos da alegria
Vivo a sede dos embriagados
Canto o canto da descoberta
Quero o desejo da inocência
Sonho o sonho dos puritanos
Sofro a paixão dos inocentes
Penso na vida de quem não ama
Firo o sentimento dos desalmados
Desarmo a grandeza dos perdidos
Não me escandalizo com a sensualidade
pois, sou poeta
e
canto apenas canto,
o canto da Palavra
POESIA.

Marina

Texto publicado pelo Jornal de Beltrão, 17.06.12, domingo.



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