Hora certa!

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sábado, 26 de outubro de 2013

Lua

No céu desponta, oh! lua do meu amor
Canto tua beleza que me encanta
No canto do meu sonho de mulher
Brilhas no espaço infinito e passeias majestosa entre as nuvens
À espera certamente do Sol, cujos raios abraçará tua luz amorosa,
Para um novo dia de amor que nascerá.

No espaço sideral brilhas tímida,
mas esplendorosa.
Sorri encantada quando o Sol a abraça
E adormece feliz
Pronta para a noite que virá.

Linda rosa

A vida se encontra encantada em ti
Rosa do meu jardim.
Não há palavras para descrever sua beleza singela
Mas arrisco dizer que você é uma parte de mim.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A vida

Se a vida é luz
Estou aqui.
Busco a luz no meu sorriso
Porque sou luz que espera brilhar para você.

De repente


Não há risos
Só prantos.
Choro o riso do encanatamento d´alma
Canto o canto da palavra
Que se fez lágrimas em versos
 Descompassados
Tristes
Versos que morreram
Por falta de poesia
Que eu não soube escrever.
(Homenagem aos poetas do 9º  Concurso Francisco Beltrão de Literatura).

Não sei


Não sei quem sou
Mulher ou bagaço que a sociedade quer
Uma droga do sexo feminino jogada fora
Apenas uma mulher
Quem sou eu?
O sexo feminino para amar o masculino
 Sou mulher feminina
Meu sexo é feminino
Eu sou mulher
Que o sexo masculino
Quer
Eu sou mulher, apenas uma mulher
Que o sexo masculino quer
Sou feminina mulher
Eu sou mulher.


Sou isto ou aquilo


Por enquanto
Sou Eu - Poesia
Poesia de Mulher.
Que acredita na vida
E crê no ser feminino da mulher.

domingo, 20 de outubro de 2013

O peru de Natal e outras histórias

            Lá se vai mais um ano... É tempo de festas de Natal. Quem anuncia o novo ano é o Peru de Natal que morreu degolado, estrebuchado – o pobrezinho. Congelado, descongelado e, finalmente recheado das mais diversas maneiras nas mesas natalinas. Nem vamos falar do preço! Afinal, Natal é prenúncio de Novo Ano e melhores finanças. A figura principal é Jesus que merece todos os sacrifícios e atenção.  E por Ele vamos à Missa do Galo dar graças e pedir graças, enquanto o peru é preparado. Pensando bem, Jesus “não tem nada a ver” com a comilança natalina. Muito menos, o pobre peru! Mas a história entrelaçou suas histórias.        
 Peru faz parte da festa natalina. Mas foi importado das ceias de natal portuguesas.
As aves de Natal são o peru e o galo. Mas, por que recheamos peru (carne nobre) no Natal e, por que Missa do galo tradição na terra “brasilis”?
Há vários mitos. Porém, peru é parte da Ação de Graças do povo americano. De acordo com a história, Cristóvão Colombo quando chegou à América ficou tão fascinado com o sabor do peru e com a rapidez de seu crescimento que o trouxe para a Europa. Então, os faisões, cisnes e gansos, que eram servidos na Europa em grandes banquetes, rapidamente foram substituídos pelo peru americano. Assim aparece o peru na ceia de natal portuguesa. Já o galo acredita-se anuncia o fim de uma noite de trevas e o começo do nascimento de Jesus. Segundo a lenda, em Roma, ano 400, um galo cantou à meia-noite do dia que Jesus nasceu. Ora, os galos cantam ao amanhecer... Por isso, criou-se o hábito de levar um galo à missa da meia-noite de 24 de dezembro para que ele cantasse.  Daí a tradição da Missa do Galo.
Entende-se o porquê de ninguém comer galo, nem galinha na noite de Nata? Também nunca vi um galo ser levado à missa do galo! (Donde se vê que as tradições, se perdem no tempo).
  E o pobre peru sofre as consequências da história na mesa de Natal.
Todo ano fico insegura ao colocá-lo no forno. Olho aquela pobre ave, sem saber muito que fazer para torná-la mais apetitosa, apesar das dicas do fabricante. Certamente estou “velha” demais e apaixonada pelas aves para querer comê-las. Lembro-me da forma como são mortas e isso dificulta sua preparação.
 Sempre fui sensível à morte matada dos bichos. Chorava cântaros quando meu pai de madrugada juntamente com meus irmãos se encaminhava ao chiqueiro dos pobres porquinhos criados no fundo do quintal para a matança. Na minha cama escondia a cabeça entre travesseiros para não ouvir os gritos de dor e desespero deles. Não conseguia entender a festa da comilança após a morte dos porquinhos, se os havíamos alimentado todos os dias.  
Preocupada com o jantar natalino, navego pela internet em busca do peru mais saboroso.  É tanta receita que fico com medo de arriscar. Analiso as sugestões, geralmente, os ingredientes estão além da minha região e aquém do meu poder aquisitivo. Debruço-me na minha receita tradicional, pois, ao longo dos natais, aprendi as receitas que agradam à família.
 Uma leitura daqui, uma pitada dali, acaba incrementando o tal peru. Lá vai ele para o forno, em papel de alumínio.
O tempo passa... O cheirinho de carne assada do peru aos poucos aguça a gula.
E de repente, o gás, pufff!. - Oh, Deus, e, agora, o que acontecerá com o peru de Natal?
- Pai, depressa, o gás, terminou!  O peru vai encruar, grito desesperada.                                                                                                                                                                      
O pai desce as escadas correndo direto pra garagem. E sobe esbaforido com outro botijão! O fogo volta a aquecer o forno, mas continuo desconfiada que o peru esteja prejudicado. A mesa já está recheada de iguarias e enfeites.
  Abro o forno, temerosa, afasto o papel laminado, jogo o caldo sobre o peru conforme instruções; sapeco minhas mãos; queimo os dedos, sapeco aqui, sapeco ali... Ui!
Lembro-me - dias atrás li numa reportagem que cozinhar deixa marcas. E o prazer do cozinheiro é ostentar as marcas como troféu!...Aiiiii!
             Corro pra lá e pra cá para dar à mesa natalina um toque especial. O pessoal que espera o peru joga conversa fora frente à televisão, indiferentes ao que acontece na cozinha.

Os mais novos enfrentam o narcisismo frente ao espelho brincando de ficar elegantes, uns poucos foram à Missa do galo. Crianças correm e gritam por aqui e ali, beliscam as guloseimas, furtivamente... Que cheirinho bom! Nós vamos brindar também tia? Tilintar de telefones. Músicas de Natal. Luzes coloridas enfeitam a casa, risos, perfumes no ar. A alegria toma conta da família.
Abro a tampa do forno na minha solidão de cozinheira e espio a saborosa ave, douradinha. Bocejo. Ufa! Que cansaço! Que sono! Fecho o forno. Apesar do apagão momentâneo, constato que o peru promete...
Cheirinho divino e até “pecaminoso” de carne tenra toma conta de toda casa. Dou-lhe novamente banho de calda que escorre entre o papel laminado. E “queima” contra o calor do forno.
Ninguém aguenta mais o cheirinho gostoso da carne do peru. E aos poucos correm à mesa, sentam-se. - Calma pessoal! Ajudem-me a tirá-lo do forno. Mãos não faltam. As minhas, sapecadas, ficam de lado. E a mesa abençoada está composta com os apóstolos da minha família e de tantas outras – certamente - por este mundão de Deus. Os que foram à Missa do galo na Igreja Matriz Santa Rita de Cássia se juntam aos outros e rezamos de mãos dadas.
Brindamos à nova vida que nasceu. E a vida em família. E também a outros tantos natais que por certo virão. Adeus cansaço! Todos são risos e alegria. O peru pousa suculento na mesa de Natal da família pronto pra ser degustado.
Participação em conto. 9º  Concurso Francisco Beltrão de Literatura, 2013. 


A velha


Sou uma velha senhora
E tenho bons modos
Ando vagarosamente
E nunca incomodo
Planto meu jardim
De rosas vermelhas
Beijo meus pássaros
E a terra onde nasci
Sou eles e eles são eu.

Cubro-me de ternura
Guardo na alma o cântico do amor
Sinto-me apenas uma certeza
Da vida poderosa no caminho dos ventos
Onde o pensamento vale os roseirais
e o voo dos pássaros
do sonho e da vida que vivi.

Aprendiz dos meus próprios cantos
Poetizo os inéditos langores
- dos versos que escrevi.
Poetizo a memória do tempo no tempo
À medida que o meu tempo se desgasta
Abençoo uma saudade antiga
Resguardada na criança que secretamente
 - escreve em mim.

Permaneço nos versos
Canto as ausências
As rimas desatentas
Do amor antigo
O desvario dos amantes
As quimeras da adolescência
O olhar do menino e da menina
Presos em si.

Sou uma velha senhora.
Que escreve e que planta sonhos
Que acredita nos pássaros e nas flores
E no ser já não tão humano
Perdido neste mundo de coisas duras
E sem solução.

Sou a velha senhora:
Poesia
Você pode acreditar em mim.

E em todos os sonhos e quimeras
Do tempo que eu vivi e você viveu em mim.

Participação: 9º Concurso Francisco Beltrão de Literatura. 2013.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A alma das flores

O dia findou. Tudo estava lindo entre o Sol que se aquietou, inquieto entre as nuvens.


De repente, a beleza do Sol se foi
A ventania nada calma se esqueceu do Sol brilhante no infinito
E jogou o tempo para além do sonhos.

A árvore quedou-se em mim já desgastada pelo tempo

que não me deixa sair livre por esse jardim.
Sinto minh´alma cada dia mais presa na tormenta que assola a vida, a terra e o concreto do meu corpo.
Quero me transformar nas flores desse jardim encantado
Voltar a ser menininha cheia de sonhos e ilusões.

Na beleza do Sol e das flores do  meu jardim.

sábado, 5 de outubro de 2013

A imagem de Deus












                   Nem sempre são necessárias palavras para mostrar que Deus está presente.

Pássaros


Meus pássaros queridos que sobrevoam meu jardim
Descem do céu infinito e vem comer o alpiste das calopsitas
que espalho carinhosamente na terra florida: pombas, sabiás, chopins, pintassilgos e tantos outros mais, bicam aqui e ali alegremente a alimentação de graça.
Encanto-me a cada dia com as avezinhas que dançam no espaço.
Encanto-me a cada dia com minhas calopsitas nos seus ninhos e no espaço livre das gaiolas.

Deus nos abençoou e não percebemos.
As aves, os animais, as flores nos lembram o poder de Nosso Senhor.
A natureza é o Senhor Deus.