Céu límpido com estrelas adormecidas
Nuvens brincam no espaço
E o sol, única estrela, resplandece de amor
abençoando a vida dos seres que correm na Terra
para um novo dia e a noite que virá.
Quem sou eu
- Marina
- Marmeleiro, Sudoeste do Paraná, Brazil
- Profª de Língua Portuguesa e Pedagoga no Colégio Estadual de Marmeleiro onde construí parte da minha história. E porque sou alma de espírito livre que caminha nesse mundo em busca da essência que me apraz a liberdade, amo e escrevo poesias porque: Às vezes pinto-me nuvem, outras, estrela. Às vezes vida e flores Só pra te amar. Amo e adoro amar o amor. Sou mulher. Sou paixão. Sou Poesia. Sou poeta da poesia. E sou professora.
Hora certa!
00:00:00
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
O amor é assim
Às vezes o amar do amor basta
para mim e para outros sem dor e vergonha.
Apenas o gesto de amar.
Amo o amor que ultrapassa a dor da vergonha
E tenho vergonha de ti, amor sem vergonha
que ama o amor da paixão desenfreada.
É por isso que não amo o amor que causa dor e a vergonha
por falta de amor.
para mim e para outros sem dor e vergonha.
Apenas o gesto de amar.
Amo o amor que ultrapassa a dor da vergonha
E tenho vergonha de ti, amor sem vergonha
que ama o amor da paixão desenfreada.
É por isso que não amo o amor que causa dor e a vergonha
por falta de amor.
O que a idade pode fazer por você?
Crônica
Ao ler no Jornal
de Beltrão que Dr. Kit Abdala dera seu último voo para habitar nas estrelas,
surpreendi-me, apesar de não conhecê-lo pessoalmente, apenas pela leitura de
seus livros e reportagens publicadas sobre tão renomado profissional.
Já afirmei em
textos anteriores, que algumas pessoas não as conhecemos fisicamente, contudo,
acabamos fazendo até amizade com elas quando lemos o que escrevem, e essa
empatia ninguém tira do escritor e leitor. Pessoalmente, amo essa relação com
os escritores que mais admiro e que me transformaram numa escrevente e leitora.
Quanto mais leio seus escritos, mais me apaixono pela leitura e escrita.
E num certo dia descobri Dr. Kit, escritor, no
seu primeiro livro, no consultório do oftalmologista. Confesso que me atraiu
sua narrativa, entremeada de humor cativante sobre..., entretanto, o livro lá
ficou. Que vontade de levá-lo comigo! Lembrei-me
da Menina que Roubava Livros(Markus Zusak), mas não sendo a menina personagem, tal ação seria inconcebível de minha parte, deixei-o
pesarosa. Mais tarde o JdeB me enviou os exemplares. Li avidamente. Diverti-me
com as colocações. Refleti, sorri, relembrei parte da história do sudoeste que
conhecia, viajei com ele. Sugeri a leitura aos meus alunos.
Após homenagem
ao médico que escrevia quero me ater a outras pessoas de “a melhor idade”. Particularmente,
essa metáfora me parece pejorativa, pois não são todas as pessoas velhas,
idosas que fazem parte da “melhor idade”, e não é meu objetivo discutir a
situação dos idosos em nosso país neste momento. Meu objetivo são colocações sobre
o que a idade pode fazer por nós.
Percebi primeiramente nos meus 61 anos que
muitas pessoas têm medo ou vergonha de dizer a idade, ou a disfarçam de várias
formas. Não preciso dizer quais, pois o leitor sabe dos recursos utilizados
hoje.
Por outro
lado, os mortais do século XXI crescem impregnados de toda a corrupção dos
meios de comunicação para continuar jovens desde a mais tenra idade, não
importa o preço. E o medo de envelhecer é inerente nesta sociedade consumista e,
por conseguinte, as pessoas sentem medo e vergonha da velhice embora a mídia
pregue em altos brados que “a melhor idade” se diverte à beça e está super
feliz.
Os jovens da atual sociedade, no entanto,
desdenham os que ultrapassaram a barreira do tempo. Mas a minoria se prepara
para enfrentar o próprio envelhecimento. O que vale é “curtir” o momento, salvo
exceções.
Os
questionamentos sobre o que a idade pode fazer por nós, após essas constatações
têm a ver com a forma das pessoas verem a própria vida e o que podem melhorar porque a “curtição”
pode ser boa, porém através dela devem-se buscar formas de mudar o mundo
próximo a nós, porque a mediocridade, a descrença, a incompetência imperam
diariamente e temos de nos preparar para enfrentá-las em qualquer época de
nossas vidas. Há pouca poesia, amor, compreensão, entendimento e sabedoria
infelizmente neste mundo.
Enfim, os anos
que vivemos são apenas um tempo em nossas vidas. Para uns mais, outros menos. O
que importa é que ao partirmos para os Campos Elíseos, ela tenha feito a
diferença por aqui. Eu continuo uma menininha pronta para aprender.
domingo, 22 de setembro de 2013
Meu quintal
e o céu nos
mostra o poder
das mãos que o cultivaram ao longo
do tempo para a vida.
A tempestade
De repente...
Chuva torrencial.
A água desaba.
Volta o silêncio após o tormento das águas.
E o sol surge no alto as nuvens do meu quintal.
Chuva torrencial.
A água desaba.
Volta o silêncio após o tormento das águas.
E o sol surge no alto as nuvens do meu quintal.
Unhas
São apenas unhas
Garras que me fazem feliz.
Amo minha unhas
Identidade das minhas mãos
Sem elas não me sinto feliz
Eu sou eu porque minhas unhas enfeitam minhas mãos.
O tempo
Meu tempo acaba se misturando com outros tempos.
Os tempos da minha mão que abençoa a natureza que me abençoa
e por isso sou feliz
porque faço parte do tempo
que não é tempo
Mas faz parte da minha mão.
O que a idade pode fazer por você
Ao ler no Jornal
de Beltrão que Dr. Kit Abdala dera seu último voo para habitar nas estrelas,
surpreendi-me, apesar de não conhecê-lo pessoalmente, apenas pela leitura de
seus livros e reportagens publicadas sobre tão renomado profissional.
Já afirmei em
textos anteriores, que algumas pessoas não as conhecemos fisicamente, contudo
acabamos fazendo até amizade com elas quando lemos o que as mesmas escrevem, e
essa empatia ninguém tira do escritor e leitor. Pessoalmente, amo essa relação com
os escritores que mais admiro e que me transformaram numa escrevente e leitora.
Quanto mais leio seus escritos, mais me apaixono.
E num certo dia descobri Dr. Kit, escritor, no
seu primeiro livro, no consultório do oftalmologista. Confesso que me atraiu
sua narrativa, entremeada de humor cativante sobre..., entretanto, o livro lá
ficou. Que vontade de levá-lo comigo. Lembrei-me da Menina que Roubava
Livros(Markus Zusak), não sendo mais menina, nem personagem, deixei-o pesarosa.
Mais tarde o JdeB me enviou os exemplares. Li avidamente. Diverti-me com as
colocações. Refleti, sorri, relembrei parte da história do sudoeste que
conhecia, viajei com ele. Sugeri a leitura aos meus alunos. Um dos livros
seguiu para Curitiba destinado ao Dr. Celso Carlos Ribeiro que iniciou a
leitura em minha casa.
Após homenagem
ao médico que escrevia quero me ater a outras pessoas de “a melhor idade”. Particularmente,
essa metáfora me parece pejorativa, pois não são todas as pessoas velhas,
idosas que fazem parte da “melhor idade”, e não é meu objetivo discutir a
situação dos idosos em nosso país neste momento. Meu objetivo são colocações sobre
o que a idade pode fazer por nós.
Percebi primeiramente nos meus 61 anos que
muitas pessoas têm medo ou vergonha de dizer a idade, ou a disfarçam de várias
formas. Não preciso dizer quais, pois o leitor sabe dos recursos utilizados
hoje.
Por outro
lado, os mortais do século XXI crescem impregnados de toda a corrupção dos
meios de comunicação para continuar jovens desde a mais tenra idade, não
importa o preço. E o medo de envelhecer é inerente nesta sociedade consumista e,
por conseguinte as pessoas sentem medo e vergonha da velhice.
Os jovens da atual sociedade, no entanto
desdenham os que ultrapassaram a barreira do tempo. Mas a minoria não se
prepara para enfrentar o próprio envelhecimento. O que vale é “curtir” o
momento e seguir os ditames da moda, salvo exceções.
Os
questionamentos sobre o que a idade pode fazer por nós após essas constatações têm
a ver com a forma das pessoas verem a própria vida e o que podem melhorar porque a “curtição”
pode ser boa, porém através dela devem-se buscar formas de mudar o mundo
próximo a nós, pois a mediocridade, a descrença, a incompetência imperam
diariamente.Todavia há pouca poesia, amor, compreensão, entendimento
e sabedoria.
Enfim, os anos
que vivemos são apenas um tempo em nossas vidas. Para uns mais, outros menos. O
que importa é que ao partirmos para os Campos Elíseos, ela tenha feito a
diferença por aqui. E temos algum tempo para isso.Eu continuo uma menininha pronta para aprender.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Meu doce amor
Encantei-me contigo no exato momento da minha solidão de mulher
Tu me quiseste
Eu te quis
Juntos amamos o amor e a solidão
Solidão do amor que não é possível
Mas, por Deus, por que o amor sempre se torna
a prosa eterna da poesia quando se vai?
Tu me quiseste
Eu te quis
Juntos amamos o amor e a solidão
Solidão do amor que não é possível
Mas, por Deus, por que o amor sempre se torna
a prosa eterna da poesia quando se vai?
O silêncio
Se o silêncio é quieto
Por que a alma é tão inquieta?
Ou é a minha alma que não sabe ouvir a voz do silêncio?
Sol poente no fundo do meu quintal
Por que a alma é tão inquieta?
Ou é a minha alma que não sabe ouvir a voz do silêncio?
Sol poente no fundo do meu quintal
O poder de saber usar as palavras
Ao ler o artigo Escritor é o arquiteto das palavras, de
Laudi Vedana, professor e jornalista da Rádio Elite FM de Pato Branco e a
crônica O silêncio da cidade, de
Ilmar Antônio Auth, escritor de Santo Antônio, cidade da qual tenho saudades,
mas sempre me vêm à memória os tempos de 1967.
Residentes na Av. Brasil(perto da ponte; última vez que estive lá o “predinho” ainda continua à beira da avenida), as altas camadas de poeira afundavam nossos pés de adolescentes pobres. A casa e camas empesteavam-se de poeira, tanto que minha mãe tirava os lençóis para colocá-los somente à noite. Durante as chuvas, a poeira resultava num barro vermelho que nos causava sérios problemas quando íamos para o Colégio Antônio Schiebel, na 7ª série. Muitas vezes usávamos as botas do pai que era militar para enfrentar o barro que insistia em enlamear os pés. Ainda bem que naquela época, os pais mandavam levar um calçado de reserva para evitar o vexame.
Boas lembranças me afagam também a alma é de Pranchita, pois parte de minha infância e adolescência lá vivi, inclusive, o início da minha profissão de professora.
Mas, conforme afirma Laudi ” escrever é esculpir obras da montanha bruta das palavras que astuciosamente o autor escolhe para dar brilho, sentido e poder de sedução...”. Por isso, através das colocações iniciais quis seduzir você, leitor, com reminiscências.
Residentes na Av. Brasil(perto da ponte; última vez que estive lá o “predinho” ainda continua à beira da avenida), as altas camadas de poeira afundavam nossos pés de adolescentes pobres. A casa e camas empesteavam-se de poeira, tanto que minha mãe tirava os lençóis para colocá-los somente à noite. Durante as chuvas, a poeira resultava num barro vermelho que nos causava sérios problemas quando íamos para o Colégio Antônio Schiebel, na 7ª série. Muitas vezes usávamos as botas do pai que era militar para enfrentar o barro que insistia em enlamear os pés. Ainda bem que naquela época, os pais mandavam levar um calçado de reserva para evitar o vexame.
Boas lembranças me afagam também a alma é de Pranchita, pois parte de minha infância e adolescência lá vivi, inclusive, o início da minha profissão de professora.
Mas, conforme afirma Laudi ” escrever é esculpir obras da montanha bruta das palavras que astuciosamente o autor escolhe para dar brilho, sentido e poder de sedução...”. Por isso, através das colocações iniciais quis seduzir você, leitor, com reminiscências.
Na verdade tudo na vida deve ter sedução. Muitas
coisas em nossa existência e na profissão não dão certas porque não aprendemos
a seduzir.
Não sabemos
seduzir o amor que deve ser estendido em todas as atitudes que temos diariamente
na família, no trabalho, ou às pessoas com as quais convivemos. Não sabemos
seduzir a própria sedução que está dentro de cada um de nós, então, como
entender de repente apenas uma das seduções que é a palavra, embora ela seja a maior das
seduções atualmente e de todos os tempos?
As colocações do professor e jornalista sobre o que é um bom texto são deveras dignas de ser degustadas e principalmente todas elas deveriam ser lidas e discutidas em sala de aula com os alunos para que pudessem beber na sua essência a beleza e a simplicidade de suas metáforas sobre a escrita e a leitura porque ele se volta em parte do texto para o papel da escola no mundo dos livros e da escrita.
As colocações do professor e jornalista sobre o que é um bom texto são deveras dignas de ser degustadas e principalmente todas elas deveriam ser lidas e discutidas em sala de aula com os alunos para que pudessem beber na sua essência a beleza e a simplicidade de suas metáforas sobre a escrita e a leitura porque ele se volta em parte do texto para o papel da escola no mundo dos livros e da escrita.
Já
a crônica de Ilmar é pessoal e refere-se ao silêncio das pequenas cidades, mas
não das palavras, pois é nelas que o escritor se embasa para expressar seus
sentimentos e saudades adocicadas de poesia. São textos de jóia rara entre
muitos que podemos ler nas páginas de literatura do JdeB.
Para nós que
procuramos seduzir o leitor em poemas, crônicas e artigos, aprendemos escrever,
escrevendo e lendo o que outros escrevem.
Esculpimos
nosso texto antes de publicá-lo, embora saibamos que um bom texto nunca está
pronto, mesmo assim, o degustamos quando o vemos nas páginas de jornal, livros,
revistas ou sites. Depois voltamos para as críticas próprias de quem escreve. E
um novo texto renasce. Essa é a essência da escrita, escrever. E como é bom
ouvir “li o que você escreveu”.
sábado, 14 de setembro de 2013
As flores e eu
Senão fossem as flores e o carinho
que seria de mim?
Alma eternamente desasossegada
paixão sem limite e sem amor?
Será, pergunto-me?
Não, respondo. Sou mulher flor que abençoa o amor da vida de toda mulher.
Sou mulher e amo a mulher que habita em mim.
que seria de mim?
Alma eternamente desasossegada
paixão sem limite e sem amor?
Será, pergunto-me?
Não, respondo. Sou mulher flor que abençoa o amor da vida de toda mulher.
Sou mulher e amo a mulher que habita em mim.
Meu Ipê Amarelo
Suas flores de repente
Enfeitam meu quintal.
Adormeci e acordei com você meu Ipê Amarelo.
Ontem espiei de soslaio a árvore que te sustenta
e parecia que seus galhos secos pela geada
não brotariam as belas flores amarelas.
Hoje entre os galhos secos e outros no meu quintal
Você brilha no sol, timidamente entre as laranjeiras.
Minha vida
Minha vida, uma dádiva!
Não sei o que está por vir
Mas estou aqui e sou feliz
E faço outros felizes
Por isso se forem coisas boas ou não
Vou recebê-las dando risada.
Não sei o que está por vir
Mas estou aqui e sou feliz
E faço outros felizes
Por isso se forem coisas boas ou não
Vou recebê-las dando risada.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Todos juntos por uma educação melhor
Artigo
“Nem
sempre é possível contar com um ambiente ideal em casa para dar continuidade ao
trabalho realizado na escola, mas é responsabilidade do educador ensinar mesmo
assim”, afirma Maria Eulina Pessoa de Carvalho, docente da Universidade Federal
da Paraíba (UFPB). Nova Escola, nº 263, junho/julho 2013, p.36.
Nesse
sentido para que os pais possam colaborar precisam ser incluídos no planejamento
pedagógico da escola e possam entender as ações que ocorrem no Projeto Político-Pedagógico,
suas estratégias e o que se espera deles entre outras decisões próprias de cada
estabelecimento de ensino.
Recentes
pesquisas mostram que a maior preocupação dos professores em sala de aula é com
os alunos que apresentam baixo rendimento escolar porque vivem em ambientes
socioeconômicos vulneráveis. Em contrapartida, os mesmos professores reclamam
que os pais são omissos, apesar de todo esforço da escola, não colaboram para
auxiliar na disciplina, dever de casa, organização de horário de estudos, e
outras atividades que seria tarefa dos pais ou responsáveis. Os educadores
acreditam que o envolvimento da família na vida escolar dos educandos tem muita
influência no sucesso escolar dos alunos. Entretanto, as famílias presentes na
escola muitas delas não têm condição de desempenhar sua real função. Grande
parte são famílias cujos alunos “não têm família” na concepção que se entende
famílias presentes. Mas são alunos que a escola precisa dar conta e ensinar. Acrescentando-se
ainda que pais, responsáveis e a própria sociedade espera que a escola resolva
os problemas dos alunos desde o não querer aprender, as faltas, a disciplina, o
descaso com a escola, as agressões verbais e físicas, enfim, como é do conhecimento
dos educadores, diariamente; e a mesma sociedade só fica sabendo das
dificuldades enfrentadas quando os problemas sofridos no interior da escola
vazam e a mídia utiliza em seus programas para dar IBOPE.
Não se pode
negar que os professores e toda a equipe gestora têm dificuldade em lidar com
esses alunos “que possuem bagagem cultural familiar diferente da esperada pela
escola”, e que mesmo assim precisam aprender. Por isso, são vários os questionamentos
sobre o que impede a vontade desse aluno aprender. É a metodologia utilizada
pelo professor, os familiares que dão pouca atenção, a estrutura da escola, os
programas sociais, o desinteresse, a falta de objetivos...?
No meio a toda
essa discussão, estudos comprovam que os pais ou responsáveis por alunos das
camadas sociais mais pobres valorizam a escolarização dos filhos vendo nela o
sucesso dos filhos, inclusive, a própria criança. Basta ouvir as respostas do
“por que você estuda?” As respostas são: “para ter sucesso na vida, uma boa
profissão, ser feliz, me realizar...”. Porém, na sala de aula, o olhar dos
alunos pode ser diferente.
De
acordo com alguns alunos, quando se refere à indisciplina, os professores ficam
só falando na bagunça e não veem nada positivo na turma. É tanta reclamação que
acabam bagunçando mesmo para perturbar a aula porque não tem nada a perder. E
que a indisciplina é gerada porque professores não demonstram o menor carinho e
compreensão. Alguns confessam que não gostam de professores que falam mal e
reclamam o tempo todo, ou são “bonzinhos demais” e não exigem que aprendam.
Nesse
discurso pode-se observar que os alunos esperam que o professor os entenda em
suas atitudes que parecem “normais”, mas querem professores que dominem os
conteúdos, saibam ensinar e ao mesmo tempo sejam compreensivos com seus
problemas. Já o professor que necessita manter a disciplina e a aprendizagem na
sala, não vê tais atitudes adequadas ao contexto da aprendizagem e não tem
tempo para dar abertura e ouvir o que o aluno tem a dizer. E ainda falta-lhe o
conhecimento real da situação que se encontram os inúmeros alunos que fazem
parte de sua lista de registro de classe.
Nesse embate é
necessário primeiramente que professores e alunos discutam na sala de aula
sobre o papel do aluno e do professor. O diálogo é importante porque aprender e
ensinar faz parte do contexto da escola, apesar de todos os problemas
anteriormente citados. É preciso envolver todos os segmentos nessa discussão na
busca de soluções. Mas é imprescindível que todos queiram envolver-se na busca
dessas soluções.
Por outro lado, apesar dos conflitos, alunos e
pais admiram professores que não fiquem só falando das bagunças, mas que
dominem o conteúdo, isto é, saibam ensinar e ao mesmo tempo mostre-lhes o
desafio de aprender.
Assim
sendo, ser professor atualmente é um desafio constante, diário. É importante
entender psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem, história, sociologia e
filosofia e principalmente domine o conteúdo de sua disciplina. Compreenda que
a aprendizagem para ser eficiente depende do conhecimento e da sensibilidade de
ser professor, visto ter sido profissão escolhida para si. E que as transformações
na sociedade trouxe mudanças no comportamento dos alunos e das famílias, por
isso chegam à escola cada vez mais indisciplinados, só querem saber dos
direitos e não estão dispostos a cumprir regras, salvo exceções, aumentando as
responsabilidades que antigamente não era da escola, muito menos do professor.
Se a escola se
sente sozinha para lidar com as situações (que bem conhecemos) e a exigência de
uma educação de qualidade é necessária, só resta nos unirmos e buscarmos
soluções para o desinteresse dos alunos, a falta dos pais e outras questões emergentes.
Não custa nada dar abertura e ouvir alunos e responsáveis. Planejar ações,
evitar os embates. Entender que “a ausência dos responsáveis, não significa
necessariamente, desinteresse” e que os mesmos “não valorizam o conhecimento
porque em casa não sabem e não compreendem o que os alunos estão aprendendo”.
Enfim,
saber o porquê das ausências, da não aprendizagem, por que os responsáveis não
comparecem à escola, os problemas dos alunos, a indisciplina. Adequar
metodologias às diversas aprendizagens. Crer na própria capacidade de ensinar. Abrir
espaços para discussão e implementar ações é o primeiro passo para resolução
dos problemas(assim espero).
Assinar:
Postagens (Atom)