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terça-feira, 16 de junho de 2015

Alegoria

Os botões tu colheste das flores encantadas
das meninas em flor.
O botão tu colheste da menina em flor.
No jardim das deusas divinas
tu colheste a menina em flor.

O botão tu colheste
Colheste as rosas em flor
Desabrochadas
do botão  que colheste
das rosas em botões.

O botão tu colheste
da rosa da menina em flor
A rosa rubra da menina em flor
tu colheste.
E o jardim ficou mais belo
com a colheita dos botões
das meninas rosas em flor.  

       Marmeleiro, 16.05.15

sexta-feira, 12 de junho de 2015


A noite é assim:
cheia de vinho vermelho - bebidas: mulheres e homens apaixonados: poesia, sonhos e gandaia,
baladas inusitadas. Sexo e fantasia.
A noite  é assim: verdades  ocultas: os que se dizem loucos e insanos agonizam. Mortos e assassinos matam os outros sonhos da noite. Amanhece.
A noite é assim: cheia de pessoas pra lá e prá cá: em busca, talvez, da felicidade: não anoitecem, nem amanhecem, enfim.
A inspiração essa danada despediu-se da minha poesia.
Cansei-me de tanto procurá-la.
Olhei minha alma inquieta e a encontrei
perdida observando-me entre meus livros
e a minha palavra escrita - paixão:









Escrever.
Há quem diga que felicidade é bobagem.
Eu afirmo. Felicidade é a poesia do dia a dia.

Sobre um mar de flores que arde,
está o meu amor dentro desta tarde.

Ao meu amor



Ah, amor, nesse mundo sem fim
não há como esquecer-te,
não há como deixar de lado nossos momentos de asas azuis e melodias fluídas
esquecidos numa gaveta empoeirada
prostados numa caixa decorada.

Ah, amor, como pode nosso amor, tornar-se
momentos encarcerados, aprisionando os sonhos sonhados,  perdidos
levados pelo barco ao vento do mar revolto da ilusão?
que se foi...

Ah, amor-  vês?! foi embora a nossa fascinação,
foi embora o nosso tempo...
Só restou a doce saudade trocada por outros momentos.
Só restou a eternidade porque nela aprendi a amar o amor
nos surtos de tão grande paixão.



Quando o dia se finda
fundem-se Almas cansadas dos murmúrios e borburinhos,
 emaranhados
das verdades e mentiras das Palavras que correm por falta de lucidez.

As mãos férteis da Noite acariciam a febre da quentura do Sol,
que leva embora as confidências estremecidas.
Abre-se majestosa a noite:
dos sonhos, do amor, do sono, do sexo, da languidez,
dos cães à espreita da caça...

As mãos atiram-se pela noite  das Almas
à espera
de novos Espelhos brilhantes para o Dia que amanhece já febril
por debaixo da fina chuva que
c
a
i.

Marmeleiro, 11.06.15