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sábado, 31 de maio de 2014

Poema


Sou filha Marina, a segunda das meninas do amor que permitiu o amor de nascer:
Leonel
Irineu Ozires
Percy
E deles muitas outras paixões e filhos são amores
que envolvem o coração da família.
E Maria assim batizada, meninhinha-bebê antes de nascer, primeira filha do amor de meus pais, Deus a levou. Mas ela mora no meu coração.
Porque papai e mamãe sempre se amaram e lhe deram a vida e, logo depois, a mim
e três outros filhinhos.
E a vida abençoou o amor de papai e mamãe.


Solidão


De repente na solidão
Vejo luzes e amores
resplandecentes que cantam a esquerda da vida.
Quero ser feliz, mas não consigo
porque há infelicidades por todo lado.
Sei, no entanto, que minha felicidade está prometida.
Por isso, canto o amor de todos os amores
Os amores da minha paixão
E das paixões por todos os amores que habitam o coração
daqueles que amam o amor assim como eu: solidão.




Nada mais vale a pena?

Crônica

             Perdoe-me, poeta, do “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena,” Fernando Pessoa.
            Ensinei minha alma não se tornar pequena, e, acredito que, outras, se abraçaram a mim na mesma comunhão, sonhadoramente, nesse mundo controverso e conturbado.
            Caóticas são nossas incertezas, por que será? Por que nos decepcionamos na busca de sentidos para resolver nossas indagações e crenças?
Oscar Wilde afirma: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. Será que esse é o medo? Apenas existir?
 E viver, quantos conseguem - realmente?
Perco-me na angústia quando vejo as almas confabulando para a venda dos bens sagrados – os valores: o sonho, a dignidade, a verdade, a cidadania, a família, a educação, o amor.
 Nesses tempos tumultuados e de corrupção, despudoramento, malandragens, falcatruas, e tantos eteceteras, não se sabe mais se é a questão do “Ser ou não Ser, eis a questão”?(original em inglês: To be or not to be, that's the question), da peça teatral (A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare). Shakespeare escreveu magistralmente sobre o poder e tragédias advindas das circunstâncias, sejamos ou não da realeza corrupta.
Certamente o que sei é pouco.  E esse pouco é muito porque sou capaz de enxergar a morte dos ideais - tragédia que nos assoberba dia a dia.  E nela vejo muitas vezes os sonhos de tantas pessoas mergulharem nas profundezas dos seres insanos, incapazes de destronar indubitavelmente os males e a gravidade que lhes ferra os sentidos.
Que pena! Será que nada mais vale a pena? Devemos nos submeter as asperezas daqueles privilegiados que extorquem a liberdade e produzem os delinquentes?
Recuso-me a acreditar que isto seja verdade em face da beleza que ainda mora no meu coração, nas crenças e aprendizagens, que sempre estiveram comigo. Luto com todas as fibras que arrebatam o mais profundo da minh’alma, do meu “Eu” - da minha solidão interior - que me deixa, às vezes, alheia, porque preciso entender o que não quero para mim no ambiente de aprendizagem em que estou inserida, e que me leva a questionar: Nada mais vale a pena, na escola? A escola é uma farsa: parece ser apenas um espaço de aprendizagem? De profissionais pouco comprometidos? De alunos que não querem aprender?
Debato-me contra tais constatações. Mas reconheço as dificuldades enfrentadas na escola. Ainda assim, ela é minha casa de desafio.  E acredito que venceremos o descrédito, a deseducação, o descaso, a incompetência que nos são atribuídas, com professores competentes que buscam na leitura e pesquisa soluções para resolver as dificuldades de aprendizagem e ambientação escolar – planejando as aulas, discutindo ações e aprendizagens com alunos e colegas das diferentes disciplinas.
E que tenham, além de conhecimentos de sua disciplina, metodologia e recursos didáticos, o bom senso para resolver situações pontuais que se apresentam diariamente na sala de aula. Acredito muito no trabalho de profissionais comprometidos com a causa da educação e que ofereçam subsídios para que os alunos realmente aprendam e se tornem pessoas autossuficientes em suas aprendizagens.
Além disso, creio ser necessário suplantar a postura profissional que reforça a lógica que nos transforma em mártires desvalidos e sofredores em vista das circunstâncias: sociais, filosóficas, financeiras, etc. E as dificuldades de muitos para ensinar para “um mundo melhor”, diante da perversão do que nos apresentam como suposta causa para ser defendida: “Pensar dá muito trabalho”. “Estudar, mais ainda” “Aprender sobre a realidade exige esforço e tempo, coisas mais raras no mundo moderno.” Rodrigo Constantino. Esquerda caviar, p. 49.
E, assim, após tantas reflexões, quando miro nos olhos dos adolescentes e dos jovens(rebeldes ou não) que olham para mim, ou, até daqueles que permanecem de olhos cabisbaixos para receber elogios, ou, quiçá, a reprimenda – penso que gostaria de ser muito maluca a ponto de gritar algumas verdades(não, apenas, para eles). Contudo, é comum as pessoas fugirem de suas responsabilidades porque a realidade é tão difusa que não é possível pagar o preço. Mas isto me custa horas de sono e de estudos para entender a sociedade e o país em que vivemos onde a alienação é constante em nome da democracia. Nela os alunos estão inseridos com seu olhar inconformado ou de desdém causando descrédito, polêmica e debate.  Outros, na frivolidade e arrogância, divertem-se na banalidade e pouco caso, sentindo-se menos responsáveis por seus próprios atos perante toda e qualquer regra que venha preservar os bons costumes e valores apregoados na sociedade das minorias. O importante é se sentir diferente. Embora poucos saibam o que isto significa.
  Há pouco espaço para a geração ”nem isto, nem aquilo” livrar-se do esnobismo e arrogância, e colocar-se frente a frente à realidade que os cerca assumindo compromissos.
Falta espaço para a escola compreender tal geração. Falta espaço principalmente para a própria geração se entender.



terça-feira, 27 de maio de 2014

E de repente


E de repente o medo
alguém sempre está me vigiando
na calada da noite
na solidão das minhas palavras.
Estou só.
E a solidão é a  pior forma de castigo
Na noite.
Na noite onde resta apenas
solidão.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

As bem-amadas, rainhas do lar


Crônica

Profª  Pedagoga - Marina Niceia Cunha
 Colégio Estadual de Marmeleiro-Ensino Fundamental e Médio

            Ao sairmos da sala onde houve discussão sobre o gerenciamento da família e, consequentemente, dos filhos, percebeu-se que a tarefa ainda é árdua para muitas mulheres, apesar de estarmos no século XXI.
            Postamo-nos incrédulas, sobre o comentário de uma delas do quanto se sentia em dificuldade para equilibrar o trabalho que exercia fora do lar e seus “deveres de dona de casa”. Marido e filhos não lhes davam descanso. Nada de colaboração no lar: porque homens não podem fazer nenhuma tarefa doméstica. “Isto é coisa de mulher”, de acordo com o marido e concepção repassada aos filhos automaticamente.
            Segundo a Psicóloga Lígia Guerra “muitas vezes a própria mulher colabora para este conceito, pois faz distinção em casa entre as tarefas dos meninos e das meninas”. Meninas ajudam a lavar a louça, limpar a casa, etc. Meninos ficam na sala com o pai vendo televisão ou jogando vídeo game.
            Dias atrás um aluno me falou: “lá em casa, minhas irmãs são da mãe; eu e meus irmãos somos do pai. - É assim pedagoga, vamos “co” pai ao futebol e pescar. A mãe vai passear “co as” meninas no shopping e fazer as unhas. Suspirei. E empreendi uma conversa X. Outro me disse: “Minha mãe não trabalha”. Como assim, interpelei. – “Ela cuida da casa e faz comida”. Mais um: - “Minha mãe, não faz nada”. Só dorme no sofá. “Nós temos que fazer o serviço”. – Verdade? Explique-me: - “Tenho um irmão que”... bem, a mãe não consegue dormir à noite pra cuidar dele”.
            Atualmente ainda perduram “as rainhas do lar”, expressão que surgiu durante o século XVII entre a burguesia.  Resgatei-a desses velhos tempos em que a mãe era submissa ao marido e nem tinha direito de amamentar os filhos porque existiam as amas de leite, geralmente, negras.  As escravas negras dividiam obrigatoriamente o leite com o filho da sinhazinha. Primeiro deviam amamentar o filho da Casa Grande, depois o seu. Enquanto isso, a sinhazinha mãe, mal via o filho. Bastava para algumas mulheres desse tempo enfeitar os salões de festas na companhia do ” senhor seu marido”. É claro que muitas no decorrer da história se rebelaram.
Nessa retrospectiva trouxe a história da mulher-mãe para o tempo em que a família é a “célula da sociedade”, conceito empregado nos livros de Educação Moral e Cívica, 1969, em pleno regime militar. (Em 1970, disciplina obrigatória nas 5ªs e 6ªs séries do Curso Ginasial).  A mãe, batalhadora por seus direitos no mercado de trabalho, mas, tímida e, ainda, submissa, porém responsável de educar e ensinar os filhos - encontrava-se encarcerada -, embora já se estivessem “queimados os sutiãs em praça pública”, e a pílula surgira milagrosamente como sinônimo de liberação sexual e controle da natalidade. Mais a onda do feminismo(movimento social, filosófico e político) que pregava a libertação da mulher de padrões opressores baseados em normas de gênero causou grande impacto e mudanças na sociedade da época refletindo-se, inclusive, nos dias de hoje.
Nesse desenrolar, o pai, historicamente, figura austera, cujo papel era impor sua vontade, e por ordem no lar, paralisou-se por alguns tempos, isto é, descaracterizou-se, frente a essa nova realidade aos moldes femininos, cuja primeira onda teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira da década de 1990 até a atualidade. (Wikipédia. A enciclopédia livre).
            Após as reflexões históricas já conhecidas, volto à personagem submissa e sem nexo de como conduzir a família para que a respeitassem, que me fez escrever esta crônica, e as mulheres presentes naquele espaço de discussão que se voltaram imediatamente ao “pobre” marido, desconsiderando-o devido suas atitudes machistas, o qual passou a ser acusado de vários adjetivos que  é melhor não citá-los. Mas, segundo, ainda, Lígia Guerra, há homens que se submetem à esposa, tornando-se nulos e explorados pela mesma a ponto dos papéis se inverterem. O homem deixa inclusive de ter profissão para fazer o papel de “dono de casa”. Isto se deve, às vezes, a forma como foi educado pela genitora e também como agia na família o pai. Observam-se, então, no século XXI, reflexo de outros tempos no papel masculino como marido e pai: ora ele é machista, ora é “pobre coitado”, sem vontade própria, na análise feminina, conforme se percebe nas colocações citadas neste texto.
  Enfim, a coisa cheia de graça realmente aconteceu quando após a fatídica reunião, que gerou essa análise, surgiu a partir do momento que, cada uma compara o próprio marido com o da outra em relação, ao esposo da minha personagem. Maridos mais ou menos maravilhosos devido a este ou aquele desempenho doméstico, eram enumerados. E consideraram-se as bem-amadas, profissionalizadas comparando-se a mulher que se lamentou.  Os risos se sucederam... (Melhor mesmo levar na brincadeira, embora saibamos que a questão é séria).
Imagine leitor, eu, solteira, no meio de tantos risos e agraciamento das bem-
casadas aos maridos. Sorriso a meia boca, ria não sei de quê.  Na verdade uma anônima ali, circunstancialmente.   Meio sem graça, deixei de lado meu silêncio e disse-lhes:
 - Meu pai quando nasci dispensou “a comadre” que vinha dar banho em mim. Tradição esta mantida após o parto(em casa). Uma senhora de idade banhava diariamente a criança até a mãe se recuperar. Geralmente era convidada depois para ser madrinha, ou, então, a parteira.
 - “Eu mesmo banho minha filha”... E tomou conta da casa, da mulher e da filha, isto, em 1952.
Saí de fininho da sala, porque todas se divertiam com seus próprios comentários sobre os cônjuges, as rainhas do lar, as bem-amadas, resolvidas.  Quem iria dar atenção às colocações de uma mulher solteira - por opção - sobre as qualidades de um homem – meu pai, além do seu tempo?      

Publicada no Jornal de Beltrão, 18 de maio 2014.

sábado, 10 de maio de 2014

apenas

A vida é assim
Não deu certo
deleta-se.

Mas
sempre há os poréns.
por isso acredito
Em Deus e na beleza
da vida.



Canção para um amor eterno

Para Vitor e Leo gravar

Noite fria
Como está fria esta noite
Música ao longe "atasana" meu desassossego
Estou só. A solidão d'alma me envolve
Não quero ouvir esse barulho todo lá fora
Apenas a batida do meu coração

Teclo paixão.

Solidão, minha solidão
Nesta noite fria
Ai, solidão.
olho pra mim e vejo o Eu de quem não está mais comigo

Me resta, então, apenas solidão
Sinto-me só
e nos olhos da vida há falta de amor
acontece por falta de você
Solidão!

A falta de Amor e de você
Amor, amor e amor
Ai que solidão
Choro o silêncio das almas sofredoras:
Eu só quero amor
Amor, Amor
Eu só quero amor
Quero ouvir
Você falar que me ama, amor
Por isso teclo amor e paixão
Eu te amo amor do meu coração
Eterno amor.



As bem-amadas-rainhas do lar


Crônica
            Ao sairmos da sala onde houve discussão sobre o gerenciamento da família e, consequentemente, dos filhos, percebeu-se que a tarefa ainda é árdua para muitas mulheres, apesar de estarmos no século XXI.
            Postamo-nos incrédulas, sobre o comentário de uma delas do quanto se sentia em dificuldade para equilibrar o trabalho que exercia fora do lar e seus “deveres de dona de casa”. Marido e filhos não lhes davam descanso. Nada de colaboração no lar: porque homens não podem fazer nenhuma tarefa doméstica. “Isto é coisa de mulher”, de acordo com o marido e concepção repassada aos filhos automaticamente.
            Segundo a Psicóloga Lígia Guerra “muitas vezes a própria mulher colabora para este conceito, pois faz distinção em casa entre as tarefas dos meninos e das meninas”. Meninas ajudam a lavar a louça, limpar a casa, etc. Meninos ficam na sala com o pai vendo televisão ou jogando vídeo game.
            Dias atrás um aluno me falou: “lá em casa, minhas irmãs são da mãe; eu e meus irmãos somos do pai. - É assim pedagoga, vamos “co” pai ao futebol e pescar. A mãe vai passear “co as” meninas no shopping e fazer as unhas. Suspirei. E empreendi uma conversa X. Outro me disse: “Minha mãe não trabalha”. Como assim, interpelei. – “Ela cuida da casa e faz comida”. Mais um: - “Minha mãe, não faz nada”. Só dorme no sofá. “Nós temos que fazer o serviço”. – Verdade? Explique-me: - “Tenho um irmão que”... bem, a mãe não consegue dormir à noite pra cuidar dele”.
            Atualmente ainda perduram “as rainhas do lar”, expressão que surgiu durante o século XVII entre a burguesia.  Resgatei-a desses velhos tempos em que a mãe era submissa ao marido e nem tinha direito de amamentar os filhos porque existiam as amas de leite, geralmente, negras.  As escravas negras dividiam obrigatoriamente o leite com o filho da sinhazinha. Primeiro deviam amamentar o filho da Casa Grande, depois o seu. Enquanto isso, a sinhazinha mãe, mal via o filho. Bastava para algumas mulheres desse tempo enfeitar os salões de festas na companhia do ” Senhor seu Marido”. É claro que muitas no decorrer da história se rebelaram.
Nessa retrospectiva trouxe a história da mulher-mãe para o tempo em que a família é a “célula da sociedade”, conceito empregado nos livros de Educação Moral e Cívica, 1969, em pleno regime militar. (Em 1970, disciplina obrigatória nas 5ªs e 6ªs séries do Curso Ginasial).  A mãe, batalhadora por seus direitos no mercado de trabalho, mas, tímida e, ainda, submissa, porém responsável de educar e ensinar os filhos - encontrava-se encarcerada -, embora já se estivessem “queimados os sutiãs em praça pública”, e, a pílula surgira milagrosamente como sinônimo de liberação sexual e controle da natalidade. Mais a onda do feminismo(movimento social, filosófico e político que pregava a libertação da mulher de padrões opressores baseados em normas de gênero causasse grande impacto e mudanças na sociedade da época, refletindo-se, inclusive, nos dias de hoje.
Nesse desenrolar, o pai, historicamente, figura austera cujo papel era impor sua vontade e por ordem no lar, paralisou-se por alguns tempos, isto é, descaracterizou-se, frente a essa nova realidade aos moldes femininos, cuja primeira onda teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira da década de 1990 até a atualidade. (Wikipédia. A enciclopédia livre).
            Após as reflexões históricas já conhecidas, volto à personagem submissa e sem nexo de como conduzir a família para que a respeitassem que me fez escrever esta crônica, e as mulheres presentes naquele espaço de discussão que se voltaram imediatamente ao “pobre” marido, desconsiderando-o devido suas atitudes machistas, o qual passou a ser acusado de vários adjetivos que  é melhor não citá-los.
 Mas, a coisa cheia de graça realmente aconteceu quando após a fatídica reunião, cada uma compara o próprio marido com o da outra em relação ao esposo da minha personagem. Maridos mais ou menos maravilhosos devido a este ou aquele desempenho doméstico, eram enumerados. E consideraram-se as bem-amadas profissionalizadas comparando-se a mulher que se lamentou.  Os risos se sucederam... 
Imagine leitor, eu, solteira, no meio de tantos risos e agraciamento das bem-
casadas aos maridos. Sorriso a meia boca, ria não sei de quê.  Na verdade uma anônima ali, circunstancialmente.   Meio sem graça, disse-lhes:
 - Meu pai quando nasci dispensou “a comadre” que vinha dar banho em mim. Tradição esta mantida após o parto(em casa). Uma senhora de idade banhava diariamente a criança até a mãe se recuperar. Geralmente era convidada depois para ser madrinha, ou, então, a parteira.
 - “Eu mesmo banho minha filha”... E tomou conta da casa, da mulher e da filha, isto, em 1952.
Saí de fininho da sala, porque todas se divertiam com seus próprios comentários sobre os cônjuges, as rainhas do lar, as bem-amadas, resolvidas.  Quem iria dar atenção às colocações de uma mulher solteira - por opção - sobre as qualidades de um homem – meu pai, além do seu tempo?      



quinta-feira, 1 de maio de 2014

Solidão


Olho-me.
Sinto o olho de quem quer ver
além da alma e do silêncio
Sinto-me cansada.
Procuro a Lua.
E absorvo-me na prática da vida
Encantada.
Onde está o Sol
Para amanhecer?

Pais e filhos


Quantos morrem
Quantos matam
Meu Deus!

Filhos se vão. Mortos no coração.

Crianças são assassinadas, mutiladas
por falta de amor e compaixão.

Pais incautos não aprenderam a amar
E tem filhos do sexo num momento de prazer
Prazer que dizem ser amor.

E todos estão por aí - sós:
Pais e filhos.

Mas só resta a solidão para os  filhos
abandonados, ultrajados: os filhos do sexo e da ilusão.

E os pais onde estão?