Hora certa!

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Biblioteca Digital

Biblioteca digital desenvolvida em software livre:
- Pinturas de Leonardo Da Vinci ;
- Músicas em MP3 de alta qualidade;
- Obras de Machado de Assis ou a Divina Comédia;
- 732 obras de literatura portuguesa
E muito mais!
Tudo gratuitamente!
Acesse:
http://www.dominiopublico.gov.br

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A vida vale a pena

"Nascer é milagre.
O milagre do grão
que se fez luz,
que se fez folha, que se fez flor
que se fez fruto".

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Gestão do tempo

Um consultor, especialista em gestão do tempo, quis surpreender a Assistência numa conferência. Tirou debaixo da mesa um frasco grande de boca larga.

Colocou-o em cima da mesa, junto a uma bandeja com Pedras do tamanho de um punho, e perguntou:

-"Quantas pedras pensam que cabem neste frasco?"

Depois dos presentes fazerem suas conjecturas, começou a meter pedras até Que encheu o frasco. E aí perguntou:

-"Está cheio?"

Todos olharam para o frasco e assentiram que sim. Então ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha (pedrinhas pequenas, menores que a "brita").

Colocou parte da gravilha dentro do frasco e agitou-o.

As pedrinhas penetraram pelos espaços deixados pelas pedras grandes.

O consultor sorriu com ironia e repetiu:

-"Está cheio?"

Desta vez os ouvintes duvidaram:

-"Talvez não.", responderam.

- "Muito bem!", disse ele, e pousou na mesa um saco com areia que começou a despejar no frasco. A areia infiltrava-se nos pequenos buracos, deixados pelas pedras e pela gravilha.

-"Está cheio?", perguntou de novo.

-"Não!", exclamaram os presentes. Então o consultor pegou uma jarra com água e começou a derramar para dentro do frasco. O frasco absorvia a água sem transbordar.

-"Bom, o que acabamos de demonstrar?", perguntou.

Um ouvinte, mais afoito, arriscou:

-"Que não importa o quão cheia está a nossa agenda; se quisermos, sempre conseguimos fazer com que caibam mais compromissos."

-"Não!", concluiu o especialista, "o que esta lição nos ensina é que se não colocarem as pedras grandes primeiro, nunca poderão colocá-las depois...

E quais são as grandes pedras nas nossas vidas? A pessoa amada, nossos filhos, os amigos, os nossos sonhos e desejos, a nossa saúde.

Lembrem-se: ponham-nos sempre primeiro. O resto encontrará o seu lugar!"

Autor Desconhecido

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Contam que, uma vez, se reuniram todos os sentimentos, qualidades e defeitos dos homens em um lugar da terra.

Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:

- Vamos brincar de esconde-esconde?

A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou:

- Esconde-esconde? Como é isso?

- É um jogo. explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo.

O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar:

A VERDADE preferiu não se esconder. - "Para que, se no final todos me encontram?" - Pensou. A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto e a COVARDIA preferiu não se arriscar.

- Um, dois, três, quatro... - Começou a contar a LOUCURA.

A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.

A GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois cada local que encontrava, lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos: Se for um lago cristalino, ideal para a BELEZA. Se for a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ. Se for o vôo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA. Se for uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol.

O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris) e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.

Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.998, o AMOR ainda não havia encontrado um lugar para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.

- Um milhão! - terminou de contar a LOUCURA e começou a busca.

A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com DEUS, no céu, sobre zoologia. Sentiu vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido, encontrou a INVEJA e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.

O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se.

E assim foi encontrando a todos: O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA em uma cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO, que já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.

Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas.

Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu e até prometeu ser seu guia.

Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra:

O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha...

www.ovelhosabio.com.br(por e-mail).

sábado, 17 de outubro de 2009

Seiscentos e sessenta e seis




A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6a. feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana(1906-1994), poeta brasileiro.

Grandes pensadores

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
Fernando Pessoa(1888-1935.
Saiba mais sobre o poeta:
Acesse:http://www.revista.agulha.nom.br/pessoa.html

"O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria.
Armazena suavidade para o amanhã".
Leonardo da Vinci(1452-1519), pintor, escultor e inventor italiano)
Quer saber mais sobre o Da Vinci?
Acesse:http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=leonardo


sexta-feira, 9 de outubro de 2009








Certa vez um homem caminhava pela praia numa noite de lua cheia.

Pensava desta forma :"Se tivesse uma casa grande
seria feliz".

"Se tivesse um excelente trabalho
seria feliz.

"Se tivesse uma companheira perfeita
seria feliz".

Nesse momento, tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras e começou a jogá-las, uma a uma, ao mar; a cada vez que dizia :

-"Seria feliz se tivesse..."Assim o fez até que a sacolinha ficou com uma só pedrinha que decidiu guardá-la.

Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.

Você imaginou quantos diamantes ele jogou ao mar, sem parar para pensar ?

Quantos de nós vivemos jogando fora nossos preciosos tesouros por estar esperando o que acreditamos ser perfeito, ou sonhando e desejando o que não temos, sem dar valor ao que temos perto de nossas mãos ?

Olhe ao seu redor e, se você parar para observar, perceberá o quanto é afortunado.

sábado, 3 de outubro de 2009

A beleza das flores


Voa, voa pássaro
volta e faz seu ninho
entre as flores
do meu jardim.
Vem beija-flor
Beija minhas flores e a mim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O que é a vida?


É meio sem sentido

é vida "sem lenço",

"sem documento"

sem eira nem beira

muito menos tribeira!

pra conquistar

pra lá dos sonhos
entre você e eu.

E assim estou

subindo a ladeira

em busca

da conquista...

basta!

A alegria me envolveu.
A vida aconteceu.
Marina, 07/09/09

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Estratégia é tudo!

Um homem de idade vivia sozinho em Minnesota. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que normalmente o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho, reclamando de seu problema:"Querido Filho, Estou triste porque, ao que parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe sempre adorava flores e esta é a época do plantio. Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois estás na prisão. Com amor, Papai.
"Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:"PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!"
As quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de Agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum corpo.
Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera. Esta foi a resposta do filho para ele:
"Pode plantar seu jardim agora, papai. Isso é o máximo que eu posso fazer no momento.
"ESTRATÉGIA É TUDO PARA UM GESTOR... E PARA PROFISSIONAIS COMPETENTES.
Nada como uma boa estratégia, para conseguir coisas que parecem impossíveis. Assim, é importante repensar nas pequenas coisas que muitas vezes, nós mesmos colocamos como obstáculos em nossas carreiras. "Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional."
Usando a estratégia Um homem de idade vivia sozinho em Minnesota. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que normalmente o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho, reclamando de seu problema:"Querido Filho, Estou triste porque, ao que parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe sempre adorava flores e esta é a época do plantio. Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois estás na prisão. Com amor, Papai."Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:"PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!"As quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de Agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum corpo. Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera. Esta foi a resposta do filho para ele:"Pode plantar seu jardim agora, papai. Isso é o máximo que eu posso fazer no momento.
"ESTRATÉGIA É TUDO PARA UM GESTOR... E PARA PROFISSIONAIS COMPETENTES.
É importante uma boa estratégia para conseguir coisas que parecem impossíveis.
Assim, repensar as pequenas coisas que, muitas vezes, nós colocamos como obstáculos em nossas carreiras nos ajuda por demais. "Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional."
Autor Desconhecido

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Matemática vai ter peso maior no novo ENEM

Uma má notícia para quem não gosta de fazer conta: um quarto das questões objetivas do novo Enem serão especificamente de matemática.Isso porque a matéria é a única a integrar sozinha uma das quatro grandes áreas em que a prova está dividida. Assim, ao menos 45 das 180 perguntas do Enem serão apenas de matemática - a matéria, portanto, será a de maior peso na prova.Nas outras três áreas - linguagens e códigos, ciências da natureza e ciências humanas-, as questões envolverão mais de uma disciplina.Desse modo, a prova de linguagens trará questões de língua portuguesa, literatura, artes, educação física e comunicação. A de ciências da natureza terá química, física e biologia. Já a de ciências humanas será composta por história, geografia e sociologia.O diretor de avaliação da educação básica do Inep (órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem), Héliton Tavares, avisa: o número de questões envolvendo matemática deve ser ainda maior que um quarto, graças ao fato de o Enem ser um exame com questões interdisciplinares.Um exemplo são perguntas de física e química que exijam conhecimentos matemáticos."Um quarto das questões serão diretamente ligadas à matemática. Mas a linguagem matemática, como gráficos, tabelas, cálculo de porcentagens, poderá ser encontrada nas outras matrizes também", afirma Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil.Ele comparou o edital deste ano com o dos anos anteriores para reformular o material didático do seu cursinho.Nos anos anteriores, o programa não tinha divisão por matérias --a interdisciplinaridade já era a marca mais forte do Enem--, o que, segundo Tavares, dificulta uma comparação entre as edições.E como o aluno deve treinar para uma prova assim? "O aluno deve fazer o maior número de questões-teste em determinado tempo. Questões fáceis, porque não adianta pegar um teste difícil e não conseguir fazer", afirma Glenn van Amson, supervisor de matemática do Anglo. Uma boa dica é recorrer às provas anteriores do Enem, disponíveis no site http://historico.enem.inep.gov.br.A overdose de matemática não assusta Willian Cruz, 17, aluno do CPV que vai prestar vestibular para economia. Na aritmética do seu horário de estudos, matemática já toma 40% do seu tempo."Quando se estuda para valer, se estuda para tudo", diz Willian, que considera que seu maior desafio no Enem não será a matemática, mas o tempo.Disciplinas exóticasOutra novidade do Enem são os temas pouco comuns em outros exames, como história da África e educação física. Mas, quanto a eles, o recado dos professores é tranquilizador: não haverá cobrança de conteúdo específico, as questões devem ser contextualizadas."Ninguém vai cobrar a regra do basquete ou a independência do Catar. Vai ter que analisar documentos históricos, interpretar", diz Mateus Prado.Héliton Tavares, do Inep, confirma que não haverá cobrança de datas. Sobre o conteúdo, diz não haver novidade nos temas exigidos --que se baseiam no programa estudado no ensino médio. Saiba sobre o simulado do Enem que será disponibilizado na Web pelo INEP a partir de hoje.
Fonte: Folha Online
Fonte: http://diaadiaeducacao.pr.gov.br

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo


Não queria repetir as palavras do poeta que afirma " amigo é coisa pra se guardar no fundo coração".

Mas ele é sim. Pra guardar no coração porque coração é vida.

O coração pulsa e bombeia vida para o corpo

cuja sabedoria nos mostra que devemos ir além,

além do horizonte que nos mostra a sabedoria.

Amigo é aquela pessoa que está ao nosso lado

Que sorri, nos ouve e faz silêncio.

E no silêncio entende nossa alma.
E o infinito está no infinito das almas.
Marmeleiro, 20/07/09


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Deixe a raiva secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar. Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
-Está vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atras da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa. Não tem problema, disse Mariana, minha raiva ja secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.
http://www.otimismoemrede.com/ - acessado em 17/07/09

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A pergunta do século



Esta pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável:


"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o Planeta onde vive...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Crônica de julho



É 1º de julho, não dia 01 de julho.

Tempo de férias de inverno. Grandioso! Férias de inverno, julho. Mas nossas férias de inverno estão ameaçadas aqui e acolá, por isso e aquilo; por esses e aqueles medos e incertezas. Ou seja, vivemos submetidos as consequências de tudo que nos cerca em diferentes situações.

É como se estivéssemos diariamente a nadar em mar aberto...; em braçadas procuramos vencer o mar bravio e onduloso que se nos apresenta como desafio como que nos instigando a saber que os erros não podem ser inúteis, pois há capacidades culturais, sociais e educacionais das quais somos herdeiros e não podemos fugir. É necessário que ocorra o erro para que aprendamos o acerto. Cada um de nós se engasga com as consequências do tão citado erro para que ocorra o acerto, acerto tal que nem sempre sabemos qual é, porque nele estão implícitos outros erros e outros acertos, e por aí caminha a humanidade...

Enfim, férias de julho também servem para escrever e deixar os leitores atônitos ao ler por exemplo, o que escrevi. Acredite são pinceladas. Volto a editar essa postagem.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Poema a Michel Jackson

A de se dizer que a vida
não é só fugaz
feita de peças e peças
a espreita
do momento
de um momento
talvez pequeno
que pode nos levar
para os confins
do desconhecido
das trevas
da luz
quem poderá dizer?

Que a luz brilhe
para além
de todos os momentos
quando não mais
estivermos no mundo
das ilusões
dos sonhos
das buscas
incansáveis...
só pra mostrar
que somos
apenas
um
pe
da
ci
nho
de
coração
solitário
nesse mundo
de insensatez
onde as estrelas
brilham
e se perdem
até sem querer
na amplidão das mais altas paixões.

Seduzidas
se acampam
a espera de novas luzes
seja da Lua,
ou do Sol
mas eternas luzes
a brilhar
a brilhar
no infinito mundo
mundo apenas o mundo
Vida. De repente, o silêncio.
Silêncio. Apenas o silêncio.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

"Como posso me sair bem no ENEM"?

Artigo

O exame do ENEM será constituído por quatro provas, contendo 45 questões objetivas de múltipla escolha cada. Em de 2009, o Novo Enem passará a valorizar a interpretação.
A redação deverá ser feita em Língua Portuguesa e estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, científica, cultural ou política.
A prova de redação é sempre preocupante para os alunos. E não existem "dicas" nem roteiros para se fazer uma boa redação. Entretanto, é necessário ler diversas modalidades de textos e escrever muito. E ainda discutir com o professor as questões técnicas da produção, vai ajudar no sentido de compreender a leitura do próprio texto.
Segundo o professor Irineu Ferraz(mestre em linguística, Colégio Águia, de Francisco Beltrão) - "é preciso o estudante entender o que é uma sequência progressiva de ideias, como manter a unidade temática ao longo do texto e a diferença entre parágrafo e um período.
Já para o Professor Adão Kroetz(coordenador pedagógico do mesmo Colégio, "as provas de exatas do ENEM devem focar menos cálculos e mais assuntos do cotidiano. O aluno deve olhar a ciência de modo diferente, encarando o conteúdo de modo a explorar os periféricos do enunciado do exercício que podem dar subsídios para a resolução. Deve encontrar saídas alternativas onde há cálculos prontos ou note o impedimento de aplicação de fórmulas, pois salienta que os fatores variáveis dão ponte ao resultado". Continua o professor, "As disciplinas exatas, seja Matemática, Física ou Química exigem, a princípio, um raciocínio bastante lógico e é tendência que o vestibulando deve ficar atento ao que está em voga, quais são os assuntos que envolvem essas disciplinas". E a onda do momento é o Ano Internacional da Astronomia e da Astronáutica, além do Ano Internacional da Tecnologia. Afirma ainda ter certeza que nessa prova do ENEM não terá cálculos árduos, aqueles muito secos para fazer uso da aplicação de fórmulas e chegar a um resultado e que a mesma vai ser interpretativa.
Por conseguinte, a leitura de bons textos e das melhores redações de universidades, colegas da própria sala de aula e professores da escola, é muito importante para refletir e analisar o próprio texto. Sem contar que o vestibulando deve estar atento ao estudo de questões que envolvam a leitura em âmbito das demais disciplinas.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares".

“É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 9 de junho de 2009

MEC divulga simulado Prova Brasil

Simulados são exemplos para que professores conheçam avaliação.Modelos são voltados às 4ª e à 8ª séries do ensino fundamental.Clipping Educacional - Do G1, em São PauloO Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta segunda-feira (8) dois simulados da Prova Brasil, que visa avaliar o desempenho em língua portuguesa e matemática de estudantes de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental (5° e 9° ano) de escolas públicas. As provas serão aplicadas, simultaneamente, no período de 19 a 30 de outubro.Confira o simulado da Prova Brasil para a 4ª série Confira o simulado da Prova Brasil para a 8ª série Os modelos de provas têm as mesmas características da Prova Brasil, elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As questões apresentadas nesses simulados não serão utilizadas na Prova Brasil. De acordo com o MEC, são exemplos para que os professores conheçam o método de avaliação, cujo resultado conta para o cálculo do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.O objetivo da Prova Brasil é ajudar o professor a avaliar o estágio de aprendizagem dos seus alunos e aprimorar o trabalho desenvolvido em sala de aula. Com os resultados do exame, é possível fazer um diagnóstico da situação nacional e regional da educação no país. Os dados são utilizados para calcular o Ideb e melhorar a qualidade do ensino básico.As questões da prova são elaboradas com base nas habilidades de leitura e interpretação e de raciocínio diante de problemas lógicos. Além dos testes, os alunos respondem a questionários para opinar sobre os professores, o diretor e a própria escola.fonte:http://g1.globo.com/ acessado 09.06.09

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A chave da felicidade




Corremos de um lado para o outro esperando descobrir a chave da felicidade... Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. Achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes. E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros fogem para casa para serem felizes...Uns se casam para serem felizes e outros se divorciam para serem felizes...Uns fazem viagens caríssimas para serem felizes e outros trabalham além do normal para serem felizes...Uma busca sem fim.Anos desperdiçados. Nunca a Lua está ao alcance da mão, nunca o fruto está maduro. Nunca estamos satisfeitos.Mas, há uma forma melhor de viver! A partir do momento em que decidimos ser felizes, nossa busca da felicidade chegou ao fim.A felicidade não tem nada a ver com conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo em que nem a maior de todas as fortunas satisfaria a um inconformado.Enquanto nós tivermos alguma coisa a fazer, alguém a amar, alguma coisa a esperar, serão felizes.Então lembre-se disso: a única fonte de felicidade está dentro de você, e deve ser repartida. Repartir alegrias é como regar uma planta: sempre algumas gotas acabam caindo sobre você mesmo. Na incerteza do amanhã... Aproveite o hoje para ser feliz !

http://mensagensdamanha.blogspot.com/2007/11/chave-da-felicidade.html acessado 05/06/09

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lenda oriental e análise


Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximan-do-se de um velho, perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vive neste lugar?

- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?Perguntou por sua vez o ancião.

- Oh! Um grupo de egoístas e malvadas, ­ replicou-lhe o rapaz. ­ Estou satisfeito de haver saído de lá. A isso o velho replicou:

- A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, outro jovem se acercou do oásis para beber água e, vendo o ancião, perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vive por aqui?

O velho respondeu-lhe com a mesma pergunta:

- Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?O rapaz respondeu:

- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras.Fiquei muito triste por ter de deixá-las.

- O mesmo encontrará por aqui, respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

- Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta?

Ao que o velho respondeu:

- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive.

Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui.

Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui.

Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si.


“O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos”; e isso, só depende de cada um.




Reflexões a partir da lenda.

Se cada um de nós encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si, no momento, preciso colocar o que trago dentro de mim. É por isso que...Não importa o lugar onde estejamos – na escola, na família, no trabalho, a mudança que tanto queremos só ocorre se estivermos dispostos a contribuir para que ela ocorra. A começar por nós. Se eu não estiver disposta, disposto a mudar-me, como ouso pensar em mudar isto ou aquilo, este ou aquele?Não adianta ficarmos buscando e lançando culpas a estes ou aqueles. O que importa é buscarmos soluções. Ações para os possíveis problemas que nos afligem.

Por que será que as pessoas veem os problemas, mas quando se pergunta por possíveis soluções, há o silêncio..., e muitas vezes, a conversa se desvia, e buscam-se outros problemas, ou “deixa pra lá?”.

A indiferença, o “deixa pra lá” é a pior praga em nosso trabalho, em nossa família, em nossa vida, na sociedade... ela nos leva a ignorar as questões mais emergentes, a nos cegarmos com o brilho da pequenez e a nos submeter ao mundo mal cheiroso do fingimento por que muitas vezes nos convém. Ou porque acreditamos que não somos ninguém. Não podemos fazer nada sozinhos. Quem sou eu?Quem vai me ouvir? Vou então seguir a “galera”.

Outra questão que se discute muito em qualquer ambiente que envolve seres humanos(aliás, muitas vezes, esquecemos que somos humanos e que outros seres humanos dependem de nós), são soluções que envolvem a coletividade.

Fala-se que o coletivo deve permear nosso ambiente de trabalho, por exemplo; entretanto, na sociedade que vivemos tal coletivo nem sempre é bem entendido. Porém, se prega o “coletivo” em tudo. Lê-se em jornais, ouve-se em rádios que o coletivo de... decidiu... é o coletivo da escola, da empresa, da família, das câmaras A e B, e por aí vai...

Enfim, questiono esse “coletivo” porque o coletivo na maioria das vezes representa alguns, visto que, em qualquer reunião coletiva, já se afirma que a maioria vence, mas e quanto à minoria não concordante? Então, o que é mesmo o coletivo? Será que existe, realmente nas principais decisões?

Por outro lado, as pessoas não devem deixar-se conduzir e submeter-se a indiferença quando a situação exige posicionamento em decisões. O silêncio sempre representa concordância. Reclamar depois, nada adianta já que as decisões foram tomadas. Na verdade o que precisamos é aprender a fazer valer nosso posicionamento. Aprender a argumentar, e quem sabe mudar o que diz a lenda “cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive”. Entender também “que há respostas (...) diferentes para a mesma pergunta”. Enfim, “se cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si”, é possível que se continuarmos nesse determinismo, poucos avançarão nos caminhos relevantes das buscas de se tornarem seres humanos melhores com possibilidades de ultrapassar seus limites e buscar no outro o que traz dentro de si.

Mas essa é outra questão filosófica... para mais uma lenda.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Perguntas sobre o ENEM

1- Qual será o novo modelo da prova?
Serão 200 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas serão aplicadas em dois dias. Entre as áreas abordadas estão linguagens (50 testes e redação), ciências humanas (50 testes), ciências da natureza (50 testes) e matemática (50 testes).

2- Qual será o conteúdo cobrado na prova?
O Ministério da Educação (MEC) informou que cobrará o conteúdo das disciplinas do ensino médio, mas ainda não detalhou o programa. As diretrizes da prova serão elaboradas por um comitê composto pelas universidades federais, Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e Conselho Nacional de Secretários de Educação.

3- Quando o novo exame será aplicado?Quando saem os resultados?
O calendário previsto para a realização da prova é 3 e 4 de outubro deste ano. O desempenho dos candidatos na parte objetiva (testes) será divulgado em 4 de dezembro e, o resultado final, incluindo a redação, sai em 8 de janeiro de 2010.

4- Como será a inscrição para o novo Enem?
O processo de inscrição será exclusivamente pela internet. Segundo o MEC, a taxa de inscrição para alunos da rede particular é de R$ 35. Estudantes da rede pública ou bolsistas em escola particular estarão isentos da taxa.

5- A Fuvest e a Unicamp seguirão adotando o Enem como bônus?
A nota do Enem continuará sendo usada na nota da primeira fase da Fuvest e poderá representar até 20% do total da nota da primeira fase. Já a Unicamp estuda não considerar a nota do Enem em seu vestibular deste ano.

6- Conforme proposta do MEC, quais universidades federais adotarão o novo Enem como vestibular?
A proposta foi apresentada pelo ministro Fernando Haddad aos reitores das federais no início de abril em Brasília. Os conselhos universitários de cada federal devem avaliar até o fim deste mês se adotam ou não a proposta e, no caso da adoção, quando e como seria aplicada. Cada universidade tem autonomia para decidir. Em reportagem do G1, algumas universidades já se posicionaram sobre a questão.

7- Como seria aplicado o novo Enem pelas universidades federais?
Os reitores das universidades federais e o ministro da Educação definiram quatro formas de adesão das instituições ao novo Enem. Há quatro possibilidades: o Enem como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas ociosas, após o vestibular; ou combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular.8- O Sistema de Seleção Unificada, proposto pelo MEC, admite a escolha de quantas opções?O vestibulando pode escolher cinco cursos em até cinco instituições de ensino no Sistema de Seleção Unificada, na internet.

9- Após o Enem, o vestibulando pode mudar as opções?Como?
Após receber o resultado da prova, o vestibulando poderá listar até cinco cursos nas universidades de sua preferência (escolha também limitada a cinco). Atualizada diariamente, a nota de corte dos cursos será determinada pela concorrência entre os alunos. Ou seja, se mais alunos com notas altas concorrerem a um determinado curso, a nota de corte será mais alta.No Sistema de Seleção Unificada, disponível na internet, o vestibulando poderá visualizar a nota do último candidato selecionado e comparar com a sua. Desse modo, poderá mudar suas opções quantas vezes quiser até o encerramento do prazo de inscrição.Se o aluno perceber que o curso escolhido como a primeira opção está com a nota de corte superior à sua avaliação no Enem, pode escolher as demais opções da sua lista inicial ou modificar a primeira lista escolhendo novos cursos e novas instituições.

10- Como se dará a seleção dos candidatos? E se houver empate?
Os vestibulandos serão selecionados em apenas uma das opções de curso conforme a nota do novo Enem, a ordem das opções escolhidas na inscrição e o limite de vagas disponíveis. No caso de notas idênticas, o desempate seguirá a seguinte ordem de critérios: maior nota na prova de linguagens, maior nota na prova de matemática e maior idade do candidato.
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1089718-5604,00-TIRADUVIDAS+G+RESPONDE+A+DEZ+PERGUNTAS+SOBRE+O+NOVO+ENEM.html - acessado em 20/05/09.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lição de sabedoria



Certo dia, um pai de família rica levou seu filho para viajar pelo interior com o firme propósito
de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite num sítio de uma família muito pobre.
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou:
- Diga filho, como foi viagem?
- Muito boa papai!
- Você viu como as pessoas pobres vivem?
- Sim...
- E o que você aprendeu?
E o filho respondeu:
- Bem, pai, eu vi que nós temos um cachorro em casa; eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz; eles têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada; eles têm uma floresta inteira...
Enquanto o pequeno garoto falava, seu pai o olhava estupefato.
E o filho acrescentou:
- Obrigado, pai, por mostrar o quão "pobre" somos nós!

Sábio é aquele que transfere ao outro o que sabe e aprende e assimila
tudo aquilo que se propõe a ensinar.
Na vida, tudo depende da maneira como você encara as coisas, como olha para elas.
A riqueza e a pobreza podem ser vistas de maneiras muito diferentes. Depende de cada um.

Para refletir



“Toda manhã, na África, uma gazela desperta. Ela sabe que deve correr mais rápido que o leão, mais veloz ou será morta e devorada por ele.
Toda manhã na África, um leão desperta. Ele sabe que deve correr mais rápido que a mais lenta das gazelas, ou então ele morrerá de fome.
Não importa se você é um leão ou uma gazela. O importante é quando o sol nascer, que você já esteja correndo”.

Entretanto, nessa correria, você deve ter objetivos, metas ou então, sua correria será inútil.
Lembre-se também de que, em primeiro lugar,VOCÊ é um ser humano. Respeite seus limites.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dia da Mães - Origem


As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemora-ções primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.
À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.
Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz.
A maioria das fontes é unânime acerca da ideia da criação de um Dia da Mãe. A ideia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e resistência das mães.
Segundo Anna Jarvis seria objetivo deste dia tomarmos novas medidas para um pensamento mais activo sobre as nossas mães. Através de palavras, presentes, actos de afeto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar-lhe prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na lembrança o Dia da Mãe.
Face à aceitação geral, a sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e políticos com o intuito de estabelecer um Dia da Mãe a nível nacional, o que daria às mães o justo estatuto de suporte da família e da nação.
A campanha foi de tal forma bem sucedida que em 1911 era celebrado em praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.

www.google.com.br

Beijussss pra Mamy e Papy, meus dois amores.

Perdi a forma, mas não a fôrma. Que confusão!

Nova ortografia - "Fôrma" recupera acento, mas seu uso não é obrigatório
Segundo a grafia antiga, a palavra "forma" não tinha acento, independentemente de sua pronúncia, aberta ou fechada. Com a vigência do novo sistema, passa a ser facultativo o emprego do circunflexo em "fôrma" - obrigatório antes da reforma de 1971, que baniu quase todos os diferenciais.

A recomendação hoje é que esse acento seja usado somente nas situações em que for indispensável para desfazer uma ambiguidade. No verbete "fôrma", do dicionário de Aurélio Buarque, há uma argumentação favorável ao uso desse acento, baseada em textos literários.

O mais conhecido deles, sem dúvida, é o poema "Os Sapos", de Manuel Bandeira, em que se podem ler os seguintes versos: Enfunando os papos, /saem da penumbra, /Aos pulos, os sapos. /A luz os deslumbra.// Em ronco que aterra/ Berra o sapo-boi:/ --"meu pai foi à guerra!"/ --"Não foi!" --"Foi!" --"Não foi!".// O sapo-tanoeiro,/ Parnasiano aguado,/ Diz: -- "Meu cancioneiro/ É bem martelado. // Vede como primo/ Em comer os hiatos!/ Que arte! E nunca rimo/ Os termos cognatos.// O meu verso é bom/ Frumento sem joio./ Faço rimas com/ Consoantes de apoio// Vai por cinquenta anos/ Que lhes dei a norma:/ Reduzi sem danos/ A fôrmas a forma// Clame a saparia/ Em críticas céticas:/ Não há mais p oesia /Mas há artes poéticas..."// (...).

Segundo Aurélio, seria muito difícil compreender o texto sem a distinção entre "fôrma" e "forma". É fato também que, nesse exemplo, a rima ajuda na compreensão, pois a palavra "norma" (de "ó" aberto) só pode rimar com "forma" (de "ó" aberto).

O outro exemplo mencionado é de autoria de Martins Fontes e, já atualizado segundo a nova ortografia, fica assim: "Pela penugem, primeiro,/ E, depois, segundo a norma,/ Pelo gosto, pelo cheiro,/ Pela fôrma, ou pela forma,/ Certas frutas europeias/ Como o pêssego - oh! prazer! -/ Por vezes nos dão ideias/ Que me acanho de dizer". Novamente , a rima de "norma" com "forma" orientaria o leitor. Agora, na vigência do novo sistema ortográfico, num caso como esse, recomenda-se o uso do acento diferencial.

Fique claro, todavia, que "pão de forma", por exemplo, não requer o acento, dado que não há dúvida ou ambiguidade possível nesse caso.

Por Thaís Nicoleti.Dicas de português.
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u870.jhtm

Por que o ENEM mudou?

"Segundo o MEC, o vestibular seleciona os melhores estudantes e cumpre sua função. Mas com a unificação dos vestibulares pelo novo Enem, o candidato terá mais chances de ingressar em uma universidade, pois poderá se candidatar a diversas instituições simultaneamente, com diminuição de custos - como o de taxa de inscrição e de viagens para realizar os exames. Além disso, o ministério pretende dar orientações mais claras para mudanças no ensino médio, a partir do novo Enem.

Não era possível unificar os vestibulares com o Enem da forma antiga?
Segundo o MEC, o novo formato de prova tem mais capacidade de diferenciar as habilidades dos candidatos e de selecionar os ingressantes em uma faculdade. A prova tem questões com níveis de complexidade diferentes e poderá ser comparada ano a ano, já que seguirá um padrão.

O novo Enem terá quantas questões?
Serão 200 questões objetivas com cinco alternativas. Até o ano passado, eram aplicados 63 testes de múltipla escolha.

Haverá redação?
Sim. A redação está mantida no novo Enem, no mesmo modelo dissertativo - como já ocorria nas edições anteriores.

Quando será aplicado o novo Enem?
A prova está prevista para os dias 3 e 4 de outubro. A divulgação das notas nas questões de múltipla escolha ocorrerá em 4 de dezembro. O resultado final, incluindo a redação, sai no dia 8 de janeiro de 2010, diz o MEC.

O conteúdo cobrado vai mudar?
A prova continuará a avaliar habilidades e competências. O ministro Fernando Haddad já afirmou que o conteúdo cobrado deverá se aproximar um pouco do que é exigido nos vestibulares. O Enem passará, então, a exigir mais conteúdo do que nas edições anteriores.

Quais serão as matérias avaliadas?
Serão avaliadas quatro áreas do saber: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Cada uma das áreas deverá ter cerca de 50 testes.

Como devo me preparar para o novo Enem?
Segundo o MEC, quem está se preparando para o Enem antigo e para os vestibulares não terá problemas na resolução da nova prova.

Vai ser preciso saber fórmulas de física e química?
De acordo com o MEC, a intenção é diminuir e até mesmo acabar com a "decoreba". As questões deverão fornecer as fórmulas necessárias. Isso não significa que a pergunta vai ficar mais fácil! Será necessário ter bom conhecimento das disciplinas e saber, de verdade, utilizar as fórmulas.

Será preciso estudar datas históricas?
Pela proposta, a ideia não é cobrar conhecimento enciclopédico. Ou seja, os testes não deverão conter pegadinhas sobre anos ou dias de determinados fatos históricos. O que será cobrado do candidato é o conhecimento aprofundado da história, da relação entre os fatos e as implicações do conhecimento do passado no presente.

A prova terá atualidades?
Os vestibulares tradicionais e o próprio Enem antigo costumam cobrar atualidades de maneira contextualizada. Ou seja, as atualidades servem como "gancho" para formular um teste ou para o tema da dissertação. Sempre é bom estar informado, para ter facilidade ao elaborar relações entre conteúdos e construir argumentos em um texto.

O exame terá questões de inglês?
Em 2009, a prova não terá perguntas de língua estrangeira. Para 2010 são previstas perguntas de inglês e espanhol. O MEC ainda não definiu se o candidato poderá fazer a escolha entre um ou outro idioma.

Como as faculdades vão utilizar o novo Enem?
O MEC definiu quatro formas de utilização do novo Enem na seleção de estudantes. São elas:
1- usar o Enem como prova única para a seleção de ingresso;
2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional. Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.

Terei de escrever de acordo com as novas regras ortográficas?
Não. Segundo o decreto que regulamenta o acordo ortográfico, é possível escrever de acordo com a norma antiga até 2012. Os examinadores terão de aceitar as duas grafias.

Posso me candidatar a quantas faculdades com o novo Enem?
Será permitido que o vestibulando escolha até cinco opções de cursos em instituições de todo o país que aderirem à prova. É permitido escolher diferentes cursos em instituições distintas.

Universidades particulares e estaduais poderão adotar o novo Enem?
Sim. A adoção é aberta para as instituições que tiverem interesse. USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já informaram que não vão trocar seus vestibulares pelo novo Enem de 2009.

Como será a inscrição para os vestibulares?
O MEC vai criar um sistema na internet para a realização das inscrições. Será um sistema semelhante ao que já é usado no Prouni (Programa Universidade para Todos), que concede bolsas de estudo em universidades particulares. O processo todo será realizado pela internet.

Como sei se minha nota no Enem 2009 é suficiente para conquistar uma vaga?
O MEC informa que a nota mínima para ingresso em cada curso será atualizada diariamente, em tempo real. Assim, o candidato poderá saber se tem pontos suficientes para conquistar a vaga. Se não tiver, poderá modificar sua escolha quantas vezes desejar, até que termine o prazo de opção.

Como o ensino médio muda, depois do novo Enem?
É no ensino médio que os interessados em fazer uma faculdade se preparam. Se o processo seletivo de ingresso nas universidades mudar, as escolas terão de ensinar os estudantes. Assim, por conta de uma mudança na avaliação, o MEC pretende que ocorram mudanças no sistema de ensino.

Se o Enem quer pautar o ensino médio, quem já fez colegial terá mais dificuldade para fazer a prova?
Como a prova não exigirá domínio de conteúdos de memorização, mesmo quem já se formou poderá ter um bom desempenho. Mas a avaliação vai exigir capacidade de relacionar fatos, de aplicar conhecimentos das disciplinas e habilidades de interpretação de texto, gráficos e problemas".

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/05/06/ult1811u293.jhtm -acessado em 08/05/09

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lenda Chinesa

O HOMEM DE MEIA-IDADE
Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a mais jovem, esta lhe disse:
- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se-lhe inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Li em algum lugar

Há pessoas estrelas; há pessoas cometas.
Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.
Há muita gente cometa.
Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.
Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem ser presença.
Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.
Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem.
Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
A solidão de muitas pessoas é conseqüência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica todos passam. E a gente também passa pelos outros.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor.
Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.
Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar se prender em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações.
Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa: É NASCER E TER VIVIDO E NÃO APENAS EXISTIDO.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Passos para ler as obras literárias exigidas no Vestibular

Crônica.

Passos, caminhos para...

E se não bastasse...

Lá vem o acordo ortográfico...

E de repente, mais que não tão de repente, ELE, também o vestiba chegou.

E agora? O que faço com tantos livros para ler?

E essa tal mudança ortográfica?

Conselho.

- Não se desespere.

Organize-se!

Leia!

Corra atrás do prejuízo, (se for seu caso).

Caso contrário...

1) Separe as obras que você leu e já conhece; isso facilita sua localização na literatura para identificar os diversos segmentos.
2) Se houver solicitação de leitura de Antologias poéticas, elas serão companheiras inseparáveis. Onde você estiver (transporte escolar, saguão da escola, da rodoviária, do aeroporto, seu quarto etc., leia um poema. Entretanto, nada de fanatismo! Carpem Die, Carpem Die! Carpem Die!!!
3) Não se torne inimigo do pobre poeta. Ele não tem culpa. Maioria já morreu (há tempos, depois de tempos).
4) Entretanto, se o condenou à guilhotina de versos onde os reversos dos alunos na prova das improváveis questões irão condená-los a interpretações vãs. Porém...
5) obras mais densa exigem local apropriado para leitura. O que se entende por “obras mais densa”?
6) Lá vem meu sentido (eu) antropofágico, vontade de devorar. Todavia,
Poemas também. Principalmente se você não tem muito contato com eles.
Entretanto, nem poemas, nem prosa deve ser leitura que geram tortura e desespero.
7) Quanto aos textos em prosa, inicie por aqueles mais fáceis, isto é, (se souber quais são os mais fáceis). Para isso, você precisa ter conhecimento de literatura. Caso contrário, recorra as suas experiências de leitura.
8) Se você, apesar de todas as orientações sobre leitura, ignorou as solicitações da Profª. de Português, “atazanou” a paciência dela, não leu nenhum romance, poemas, nem pensar! Então, apele por leitura de resumos, mas busque o maior número de informações sobre o enredo dos livros solicitados. Não garanto que você consiga com essa leitura responder as questões propostas, mas é uma tentativa. Certeza, certeza... quem as tem, em qualquer situação, não é mesmo? Só no momento da prova.
9) Informações superrelevantes: “A literatura brasileira é variada em estilos e tendências.”
10) Diante da afirmação da questão 9, e quanto a nova ortografia, assinale a alternativa correta(...)

terça-feira, 14 de abril de 2009

O que fazer quando uma criança mente na escola?

Por Içami Tiba
Crianças mentem na escola? Enquanto não sabem o significado da mentira, podem "inventar verdades". Quanto menos amadurecidas forem, mais podem misturar fantasias com realidade, ou seja, contar algo como se fosse verdadeiro, mesmo que seja imaginado por elas.

Adultos usam essa confusão para conseguir que crianças pequeninas façam o que eles querem, mesmo que elas não queiram fazer. É o caso do Papai Noel. Se ela não for boazinha, não for dormir cedo, ou não obedecer aos adultos, pode receber uma ameaça mentirosa: "Papai Noel não vai lhe trazer presentes no Natal!"

Os adultos estão falseando a verdade de que Papai Noel não existe: eles tiram vantagens da ignorância das crianças para conseguirem obediência. Os adultos abusam da credulidade delas, que nem questionam a existência ou não do Papai Noel; o que querem é ganhar presentes.

Ninguém fala a um adolescente que, se ele for bonzinho, Papai Noel vai lhe colocar um presente na meia pendurada na lareira na noite que precede o Natal. Ele sabe o que é mentir e tira vantagens de quem acredita em suas mentiras. Seu cérebro está maduro o suficiente para não confundir o que pensou com o que de fato fez.

Algumas crianças não gostam de dizer que não sabem. Faz parte de suas vontades ser grande e ter todas as respostas. Não tem como dizer que são grandes, mas podem inventar respostas. Um reforço para estes desejos infantis, que não são tão infantis assim, são os agrados que recebem por saberem tanto, ou quando um adulto lhes diz o quanto elas cresceram... Aliás, isso continua assim em muitos adultos.

Não vale a pena brigar com as crianças, mas sim ensiná-las a falarem a verdade e não o que imaginaram. Não se poderia falar em mentira nesta idade. Nem afirmar que elas mentiram. Um professor cuidadoso deveria perguntar se o que o aluninho falou é imaginado ou acontecido de verdade. E ensinar o quanto é bom para todos saberem separar a imaginação da realidade.

Os professores podem usar um exemplo: Posso imaginar que estou voando como um passarinho, mas isso não é realidade. Na verdade, não posso voar, mas posso imaginar. Se eu acreditar que eu consigo voar, posso pular da janela e cair no chão e me machucar muito...

Se elas falam o que imaginaram como se fosse verdade e os adultos fingem que acreditam, esta reação pode reforçar a imaginação e chegar facilmente à mentira. A mentira geralmente tem um caráter defensivo, um receio de que a verdade possa lhe trazer uma rejeição ou uma agressão no lugar de agrado.

Quando um aluno mente, ele esquece que mentiu. Depois de um bom tempo, no dia seguinte, por exemplo, pode-se repetir a pergunta de uma maneira diferente, em tom normal, demonstrando querer saber mais do que desconfiando dele. Se for imaginação, o aluno geralmente esquece o que respondeu.

Um professor não pode afirmar que seu aluno mentiu sob o risco de ser atacado pelos pais. Pais não admitem que seus filhos mentem e muitos deles dizem textualmente: "Meu filho não mente!" Nem sempre eles acreditam nesta afirmação, mas querem defender o filho a qualquer custo.

Estes são os pais que serão vítimas do próprio filho, que passará a mentir para eles também. A mentira é um dos precursores das transgressões às normas de boa convivência para qualquer idade em qualquer ambiente.

Quando um professor percebe que um aluno está mentindo, o melhor a fazer é conversar com os pais da criança. Facilite o contato, seja por e-mail ou por telefone. Não precisa ser presencial. Os pais ficam geralmente apavorados quando chamados pela escola e chegam atacando para defender o filho.

http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/ult6425u17.jhtm - acessado:14/04/09.

Içami Tiba
Psiquiatra, educador e conferencista. Escreveu “Quem Ama, Educa! Formando Cidadãos Éticos" e mais 22 livros.

Como os avós podem ajudar na educação dos filhos

Por Içami Tiba

A longevidade está aumentando. Os casais estão sendo pais mais jovens. Os filhos, cada vez em menor número, mas continuam chegando. E chegam quando os pais estão ainda crescendo na vida profissional.

Faz décadas que não é mais só pai que trabalha. A mãe também trabalha fora, e muito. Às vezes até mais que o próprio marido. Os avós que se aposentam ainda estão na "melhor idade", isto é, tem muita energia e alegria de viver, portanto não mais como as suas mães que ainda tricotavam enquanto os avós cochilavam na poltrona da sala...

Hoje as avós são "saradas", isto é, fisicamente em forma, exibindo com categoria sua juventude, salvo raras exceções. Os avôs também estão mais conservados que os de antigamente, porém um pouco mais reservados que as avós quando se referem aos próprios cuidados estéticos.

As crianças começam a ir para escolinha com dois anos de idade. Mas boa parte delas frequenta creches a partir de 4-5 meses de idade. Creches são estabelecimentos de assistência, mas os pais falam que seu filho está na "escolinha". Pode até ser uma escolinha de vida por ver outros nenês, por sair de casa etc.

Temos então uma geração de criancinhas necessitadas, (mal comparadas com a fome das criancinhas, pois de fome mesmo elas não têm nadinha e bem comparadas com carência de afeto físico), e uma geração de pessoas com algumas disponibilidades (outras com total disposição e disponibilidade), com bastante experiência de vida e melhor ainda, da mais alta confiança. Nunca ouvi falar de vovós que sequestram netos. Mas se assim fazem, até pagam para devolver algumas criancinhas, cujos pais também pagariam dobrado para ficarem com elas para poderem pelo menos dormir uma noite tranquila, umazinha só...

Os pais sentem de culpa por não ficar tanto tempo com os filhos como gostariam. Acham que estão falhando na educação deles. Mas não se permitem a tirarem um tempo para o casal, pois a culpa aí passa a ser dolosa. Eles, os dois, trabalham não só porque querem fazer carreira, mas também porque precisam de dinheiro. E como filhos pequenos gastam, às vezes, até mais que filhos maiores...

Outro grande receio é que os avós podem atrapalhar a educação dos seus preciosos filhos. Assisto crianças mal educadas com e sem avós. A má educação é resultado muito maior da falta de conhecimentos dos pais em educação do que avós estragando o que eles construíram.

Aliás, as crianças sabem diferenciar quem de fato "manda nelas". Basta os avós fazerem ou pedirem algo que os filhos não querem fazer que eles prontamente reagem: "Você não é meu pai(ou mãe) para falar assim comigo! (ou mandar em mim!).

Os pais teriam que colocar como prioridade a educação no lugar da convivência com os filhos. O conviver é funcionar como não-pai e não-mãe, reforçado por frases de efeito tipo: "os pais são os melhores amigos dos filhos". Fico com pena destes filhos, pois então eles não têm pais. Pais são os que respondem pelo futuro deles e não simplesmente se divertem juntos.

Como não existe almoço de graça, deixar os filhos com avós também tem o seu preço. É um preço muito barato se os pais souberem aproveitar bem dizendo que não aceitam o que os filhos fazem, mesmo que estes digam que "aprenderam com os avós". Então "vocês façam com eles e não conosco que não aceitamos por..." e expliquem direitinho os porquês da não aceitação. Isto é muito educativo para as crianças. Elas não podem fazer TUDO o que querem em TODOS os lugares.

http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/ult6425u12.jhtm - acessado:14/04/09.

Içami Tiba
Psiquiatra, educador e conferencista. Escreveu “Quem Ama, Educa! Formando Cidadãos Éticos" e mais 22 livros.
Site: www.tiba.com.br

sábado, 11 de abril de 2009

Mulheres na visão de Rita Lee


Abapuru - Tarsila do Amaral

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade, até porque
elas são desarmadas pela própria natureza: nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.
As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que
derramá-lo na menstruação ou no parto.
Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande
articuladora da paz.
E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher.
Respeito as suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.
Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.
São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
Nem toda feiticeira é corcunda.
Nem toda brasileira é só bunda.

Poema das quatro teorias para a leitura dos loucos




TEORIA 1

Ler a vida é viajar incrivelmente por realidades de diferentes formas de compreen-der o mundo
e a loucura dos caminhos desconhecidos da razão, tornar-se diferente dos outros,
aceitar os diferentes e as diferenças.
É navegar no meio do oceano da aprendizagem, do diálogo, da transformação!
É aprender e ensinar que as pessoas precisam ser polidas para se tornarem preciosos diamantes.

TEORIA 2

Descomplicar do significado da vida, as teorias do desconhecimento.
Descobrir que as certezas, as ilusões são loucuras que nos aprisionam,
mas alimentam nosso espírito.
Que o ser humano não pode viver de rótulos, da glória das máscaras.
É preciso se libertar da alienação, mover-se por ritmos de canções.

TEORIA 3

Pintar a palavra com poesia,
a poesia com o sonho,
o sonho com a alegria.
Dialogar com o tempo que não se torna distância,
apenas viagem entre o ontem, o hoje e o amanhã.
Abrir os braços para as mudanças,
nos libertar das prisões da tirania,
do preconceito,
das verdades estabelecidas,
da ciência do acaso.

TEORIA 4
O mundo é uma loucura geral.
Quem sabe ler a vida nesse mundo de doidos?
Da luta pelo poder das aparências?
Do antagonismo das verdades?

Não seriam os ditos loucos...
Que nos ensinam mais que os normais?

Verdadeiramente,
somos todos diamantes lapidados,
mas, nem por isso, menos loucos,
menos brutos!

Marina, num dia de loucura qualquer.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Deseducar ou educar para a era da informação

Está se tornando uma prática na escola as discussões sobre a educação dos alunos para a utilização das novas tecnologias como meio de aprendizagem que promovam o desenvolvimento de competências e habilidades.
No entanto, existe uma polêmica quanto a utilização dessas ferramentas ,que é gerada pelo desconhecimento do que pode nos oferecer as diversas tecnologias da comunicação e informação como construção do conhecimento, e que ainda não foram totalmente incorporadas ao ensino.
Vive-se na atualidade a passagem do modelo de capitalismo industrial ao modelo de capitalismo financeiro: momento em que o valor relativo, extraído num processo de trabalho dominado pela máquina, vai sendo substituído pelo valor virtual, onde as informações se convertem em produtos. (Mance, 1998).
No cenário do século XXI, identifica-se o delineamento de uma nova era: a era do conhecimento. Esta se desenvolve no contexto de uma revolução tecnológica que possibilita movimentos de circulação de informações com velocidade e intensidade jamais previstas na história (Viana e Freitas, 2002).
Diante dessas afirmações, a educação neste século exige profissionais voltados para a sociedade do conhecimento, atualizados, compromissados, que dominem os conteúdos de sua disciplina e as ferramentas de comunicação. Profissionais que questionem o que se ensina aos alunos. Que saibam gerenciar os conhecimentos colocando-os a serviço da aprendizagem e da coletividade.
Para Demo (2001), as características do perfil do profissional moderno são essas:
Ø Saber pensar e intervir;
Ø Saber formular perspectivas;
Ø Saber pesquisar e elaborar;
Ø Saber cultivar a interdisciplinaridade e o trabalho em equipe;
Ø Saber manejar a instrumentação eletrônica;
Ø Saber reciclar-se permanentemente;
Ø Saber voltar para a universidade;
Ø Saber compor cidadania e inserção no mercado.
Dessa forma, é importante entender que, a sociedade globalizada requer profissionais que saibam trabalhar de modo coletivo e ensinem utilizando as redes do conhecimento.
Ele deve tornar-se um facilitador e gerenciador da aprendizagem e não um “mestre” transmissor de conhecimentos. E essa não é uma tarefa fácil, por isso está levando muitos profissionais da educação a repensar sua prática pedagógica em sala de aula. Talvez o que falte ainda na escola seja a aprendizagem colaborativa. Quanto a isso, poderíamos aprender com a telemática onde a relação professor, alunos e conteúdos são alteráveis porque se centra no aluno. Por conseguinte, o foco do trabalho com telemática é o processo cognitivo e a aprendizagem colaborativa, o respeito ao ritmo de cada aluno, a independência e a interação entre os vários utilizadores.
A interatividade é uma das marcas da era do conhecimento que exige formação contínua dos profissionais para que não haja o “deseducar”, mas o educar para a era da informação.
As novas tecnologias vêm contribuir com professores e alunos, ensinando-os a gerir seu próprio processo de aprendizagem.
Profª Marina
maio/08

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Sol e o Vento



O sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte e o vento disse:

- Provarei que sou o mais forte.

Vê aquele velho que vem lá embaixo com um capote?

Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.

O sol recolheu-se atrás de uma nuvem e o vento soprou até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto a si.

Finalmente o vento acalmou-se e desistiu de soprar.

Então o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o velho.

Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote.

O sol disse então ao vento que a gentileza e a amizade eram sempre mais fortes que a fúria e a força.

Autor desconhecido

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sonhar sempre!



Eu tenho uma espécie de dever, de dever de sonhar
de sonhar sempre,
pois sendo mais do que
um espectador de mim mesmo,
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas, invento palco,
cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas
e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa

Sonho impossível



Tradução: Chico Buarque

Sonhar, mais um sonho
impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei
É minha questão
Virar este mundo
Cravar este chão
Não importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras
terei de vencer
Por um pouco de paz
E amanhã
Se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim,
Seja lá como for,
Vai ter fim
A infinita aflição
E o mundo
Vai ver uma flor
Brotar
do impossível chão.

A roseira da imagem resultou de um pequeno galho dentro de um cano de barro para fazer muda. Ela desenvolveu-se tanto que já suplantou dois metros, sobrepondo-se a parreira do fundo do meu quintal, e continua crescendo linda e imponente com flores vermelhas maravilhosas que embeleza o céu.
É o milagre da natureza que divido com você.

Assista a história

OS DEZ MELHORES FILMES PARA EXPLORAR OS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA DE 5ª A 8ªSÉRIES

1 – 1492 – A conquista do Paraíso
Conteúdos: grandes navegações; Inquisição; descobrimento da América.

2 – Desmundo

Conteúdos: Brasil - Colônia; escravidão indígena; sociedade colonial.

3 – Carlota Joaquina – Princesa do Brasil

Conteúdos: a vinda da família real portuguesa; guerras napoleônicas; o período que antecede a independência.

4 - Forrest Gump

Conteúdos: história dos Estados Unidos dos anos 1960 e 1970; movimentos hippie; guerra do Vietnã; caso Watergate; racismo; aids.

5 – Guerra do Fogo

Conteúdos: pré-história, descobrimento da tecnologia do fogo; origem da linguagem humana.

6 – O Descobrimento do Brasil

Conteúdos: descoberta do Brasil; o processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos 15 e 16.

7 – Tempos Modernos

Conteúdos: fordismo, revolução industrial; movimento proletário; industrialização e urbanização.

8 – O Nome da Rosa

Conteúdos: igreja medieval; Inquisição; Indulgências; filosofia medieval agostiana e tomista.

9 – Ilha das Flores

Conteúdos: globalização; capitalismo; injustiça social; consumismo.
(o filme está disponível para download no site www.portascurtas.com.br).

10 – O Velho – A história de Luis Carlos Prestes

Conteúdos: movimento comunista brasileiro: Coluna Prestes; trajetória dos partidos de esquerda.

sábado, 28 de março de 2009

Me sinto em branco e...de repente...POESIA!


Não tenho lenço,
Não tenho documento,
Não caminho contra o vento
Nem contra o Sol.
Sou filha do sonho
e da fantasia
Meus versos de poesia
São pra aqueles que sabem amar.

sou fã de mim mesma
e adoro viver
sou poeta da vida
ladeio o amor

preciso aprender
amar com paixão
Viver
um sonho
mais uma vez
beijar o beijo do sol
cantar as estrelas
no piano da vida
quebrar a insensatez

Marina

Marmeleiro, 02/12/06.

Todas as cartas de amor

Fernando Pessoa

Todas as cartas de amor são
Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos

A MISSA DO GALO

Machado de Assis

Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem, quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.
Boa Conceição! Chamavam-lhe "a santa", e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver "a missa do galo na Corte". A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acordar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa.
- Mas, Senhor Nogueira, que fará você todo esse tempo? perguntou-me a mãe de Conceição.
- Leio D. Inácia.
Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de Dumas. Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. Eram uns passos no corredor que ia da sala de visitas à de jantar; levantei a cabeça; logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição.
- Ainda não foi? Perguntou ela.
- Não fui; parece que ainda não é meia-noite.
- Que paciência!
Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da a1cova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras. Fechei o livro; ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim, perto do canapé. Como eu lhe perguntasse se a havia acordado, sem querer, fazendo barulho, respondeu com presteza:
- Não! Qual? Acordei por acordar.
Fitei-a um pouco e duvidei da afirmativa. Os olhos não eram de pessoa que acabasse de dormir; pareciam não ter ainda pegado no sono. Essa observação, porém, que valeria alguma coisa em outro espírito, depressa a botei fora, sem advertir que talvez não dormisse justamente por minha causa, e mentisse para me não afligir ou aborrecer. Já disse que ela era boa, muito boa.
- Mas a hora já há de estar próxima, disse eu.
- Que paciência a sua de esperar acordado, enquanto o vizinho dorme! E esperar sozinho! Não tem medo de almas do outro mundo? Eu cuidei que se assustasse quando me viu.
- Quando ouvi os passos estranhei; mas a senhora apareceu logo.
- Que é que estava lendo? Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.
- Justamente: é muito bonito.
- Gosta de romances?
- Gosto.
- Já leu a Moreninha?
- Do Dr. Macedo? Tenho lá em Mangaratiba.
- Eu gosto muito de romances, mas leio pouco, por falta de tempo. Que romances é que você tem lido?
Comecei a dizer-lhe os nomes de alguns. Conceição ouvia-me com a cabeça reclinada no espaldar, enfiando os olhos por entre as pálpebras meio-cerradas, sem os tirar de mim. De vez em quando passava a língua pelos beiços, para umedecê-los. Quando acabei de falar, não me disse nada; ficamos assim alguns segundos. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos.
- Talvez esteja aborrecida, pensei eu.
E logo alto:
- D. Conceição, creio que vão sendo horas, e eu...
- Não, não, ainda é cedo. Vi agora mesmo o relógio; são onze e meia. Tem tempo. Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?
- Já tenho feito isso.
- Eu, não; perdendo uma noite, no outro dia estou que não posso, e, meia hora que seja, hei de passar pelo sono. Mas também estou ficando velha.
- Que velha o quê, D. Conceição?
Tal foi o calor da minha palavra que a fez sorrir. De costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranqüilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo; essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite. Parava algumas vezes, examinando um trecho de cortina ou consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o círculo das suas idéias; tornou ao espanto de me ver esperar acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte, e não queria perdê-la.
- É a mesma missa da roça; todas as missas se parecem.
- Acredito; mas aqui há de haver mais luxo e mais gente também. Olhe, a semana santa na Corte é mais bonita que na roça. São João não digo, nem Santo Antônio...
Pouco a pouco, tinha-se inclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas, as mangas, caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muitos claros, e menos magros do que se poderiam supor. A vista não era nova para mim, posto que, também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. Continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade, e de outras coisas que me iam vindo à boca. Falava emendando os assuntos, sem saber por que, variando deles ou tornando aos primeiros, e rindo para fazê-la sorrir e ver-lhe os dentes que luziam de brancos, todos iguaizinhos. Os olhos dela não eram bem negros, mas escuros; o nariz, seco e longo, um tantinho curvo, dava-lhe ao rosto um ar interrogativo. Quando eu alteava um pouco a voz, ela reprimia-me:
- Mais baixo! Mamãe pode acordar.
E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. Realmente, não era preciso falar alto para ser ouvido; cochichávamos os dois, eu mais que ela, porque falava mais; ela, às vezes, ficava séria, muito séria, com a testa um pouco franzida. Afinal, cansou; trocou de atitude e de lugar. Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me, e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só o tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo. Recordo-me que eram pretas. Conceição disse baixinho:
- Mamãe está longe, mas tem o sono muito leve; se acordasse agora, coitada, tão cedo não pegava no sono.
- Eu também sou assim.
- O quê? Perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor.
Fui sentar-me na cadeira que ficava ao lado do canapé e repeti a palavra. Riu-se da coincidência; também ela tinha o sono leve; éramos três sonos leves.
- Há ocasiões em que sou como mamãe: acordando, custa-me dormir outra vez, rolo na cama, à toa, levanto-me, acendo vela, passeio, torno a deitar-me, e nada.
- Foi o que lhe aconteceu hoje.
- Não, não, atalhou ela.
Não entendi a negativa; ela pode ser que também não a entendesse. Pegou das pontas do cinto e bateu com elas sobre os joelhos, isto é, o joelho direito, porque acabava de cruzar as pernas. Depois referiu uma história de sonhos, e afirmou-me que só tivera um pesadelo, em criança. Quis saber se eu os tinha. A conversa reatou-se assim lentamente, longamente, sem que eu desse pela hora nem pela missa. Quando eu acabava uma narração ou uma explicação, ela inventava outra pergunta ou outra matéria, e eu pegávamos novamente na palavra. De quando em quando, reprimia-me:
- Mais baixo mais baixo...
Havia também umas pausas. Duas outras vezes pareceram-me que a via dormir; mas os olhos, cerrados por um instante, abriam-se logo sem sono nem fadiga, como se ela os houvesse fechado para ver melhor. Uma dessas vezes creio que deu por mim embebido na sua pessoa, e lembra-me que os tornou a fechar, não sei se apressada ou vagarosamente. Há impressões dessa noite, que me aparecem truncadas ou confusas. Contradigo-me, atrapalho-me. Uma das que ainda tenho frescas é que, em certa ocasião, ela, que era apenas simpática, ficou linda, ficou lindíssima. Estava de pé, os braços cruzados; eu, em respeito a ela, quis levantar-me; não consentiu, pôs uma das mãos no meu ombro, e obrigou-me a estar sentado. Cuidei que ia dizer alguma coisa; mas estremeceu, como se tivesse um arrepio de frio, voltou as costas e foi sentar-se na cadeira, onde me achara lendo. Dali relanceou a vista pelo espelho, que ficava por cima do canapé, falou de duas gravuras que pendiam da parede.
- Estes quadros estão ficando velhos. Já pedi a Chiquinho para comprar outros.
Chiquinho era o marido. Os quadros falavam do principal negócio deste homem. Um representava "Cleópatra"; não me recordo o assunto do outro, mas eram mulheres. Vulgares ambos; naquele tempo não me pareciam feios.
- São bonitos, disse eu.
- Bonitos são; mas estão manchados. E depois francamente, eu preferia duas imagens, duas santas. Estas são mais próprias para sala de rapaz ou de barbeiro.
- De barbeiro? A senhora nunca foi a casa de barbeiro.
- Mas imagino que os fregueses, enquanto esperam, falam de moças e namoros, e naturalmente o dono da casa alegra a vista deles com figuras bonitas. Em casa de família é que não acho próprio. É o que eu penso; mas eu penso muita coisa assim esquisita. Seja o que for não gosto dos quadros. Eu tenho uma Nossa Senhora da Conceição, minha madrinha, muito bonita; mas é de escultura, não se pode pôr na parede, nem eu quero. Está no meu oratório.
A idéia do oratório trouxe-me a da missa, lembrou-me que podia ser tarde e quis dizê-lo. Penso que cheguei a abrir a boca, mas logo a fechei para ouvir o que ela contava, com doçura, com graça, com tal moleza que trazia preguiça à minha alma e fazia esquecer a missa e a igreja. Falava das suas devoções de menina e moça. Em seguida referia umas anedotas de baile, uns casos de passeio, reminiscências de Paquetá, tudo de mistura, quase sem interrupção. Quando cansou do passado, falou do presente, dos negócios da casa, das canseiras de família, que lhe diziam ser muitas, antes de casar, mas não eram nada. Não me contou, mas eu sabia que casara aos vinte e sete anos.
Já agora não trocava de lugar, como a princípio, e quase não saíra da mesma atitude. Não tinha os grandes olhos compridos, e entrou a olhar à toa para as paredes.
- Precisamos mudar o papel da sala, disse daí a pouco, como se falasse consigo.
Concordei, para dizer alguma coisa, para sair da espécie de sono magnético, ou o que quer que era que me tolhia a língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversação; fazia esforço para arredar os olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito; mas a idéia de parecer que era aborrecimento, quando não era, levava-me os olhos outra vez para Conceição. A conversa ia morrendo. Na rua, o silêncio era completo.
Chegamos a ficar por algum tempo, - não posso dizer quanto, - inteiramente calados. O rumor único e escasso era um roer de camundongo no gabinete, que me acordou daquela espécie de sonolência; quis falar dele, mas não achei modo. Conceição parecia estar devaneando. Subitamente, ouvi uma pancada na janela, do lado de fora, e uma voz que bradava: "Missa do galo! missa do galo!"
- Aí está o companheiro, disse ela levantando-se. Tem graça; você é que ficou de ir acordá-lo, ele é que vem acordar você. Vá que hão de ser horas; adeus.
- Já serão horas? Perguntei.
- Naturalmente.
- Missa do galo! Repetiram de fora, batendo.
-Vá, vá não se faça esperar. A culpa foi minha. Adeus; até amanhã.
E com o mesmo balanço do corpo, Conceição enfiou pelo corredor dentro, pisando mansinho. Saí à rua e achei o vizinho que esperava. Guiamos dali para a igreja. Durante a missa, a figura de Conceição interpôs-se mais de uma vez, entre mim e o padre; fique isto à conta dos meus dezessete anos. Na manhã seguinte, ao almoço, falei da missa do galo e da gente que estava na igreja sem excitar a curiosidade de Conceição. Durante o dia, achei-a como sempre, natural, benigna, sem nada que fizesse lembrar a conversação da véspera. Pelo Ano-Bom fui para Mangaratiba. Quando tornei ao Rio de Janeiro, em março, o escrivão tinha morrido de apoplexia. Conceição morava no Engenho Novo, mas nem a visitei nem a encontrei. Ouvi mais tarde que casara com o escrevente juramentado do marido.


Fonte: Contos Consagrados - Machado de Assis - Coleção Pretígio - Ediouro - s/d. Análise: Lena Leal
A frase inicial já nos leva a ambiguidade: "Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta." Como entender, se nem mesmo o narrador entende? É a marca e a técnica que Machado usa em sua narrativa. Teremos sim que tentar elucidar o mistério da alma humana.
O enredo
Missa do galo é um conto de Machado de Assis, que não nos traz revelações surpreendentes, porém, como é próprio do autor, está carregado de reflexões do fundo da alma mostrando-nos as várias faces do comportamento humano. È um traço doce e melancólico sobre a relação homem mulher. Ele faz questão de mostrar o cenário e através dele nos envolve. Ele não faz questão de descrever as suas personagens e é uma característica do Naturalismo. Ele prefere descrever o lado psicológico delas e isso faz uma ruptura entre o que é real e o que é psicológico. É considerado moderno por justamente criar essa atmosfera de um flagrante do nosso dia-a-dia.
A estrutura
Toda a trama acontece na sala da frente, de uma casa mal assombrada, localizada na Rua do Senado, Rio de Janeiro. Havia uma mesa no centro da sala, algumas cadeiras, cortina na janela, um canapé e um espelho. Nas paredes, dois quadros completavam aquela atmosfera de cumplicidade entre Conceição e Nogueira.
O conto mostra o encontro e o tímido diálogo entre um jovem e uma senhora casados numa noite de Natal. Praticamente nada acontece entre os dois. Mas Machado parece dizer que, onde nada acontece, tudo pode acontecer e para que o percebamos, é preciso ler nas entrelinhas as marcas do desejo não explícito.
A complicação começa quando Conceição entra na sala onde Nogueira estava lendo um romance, fazendo hora e esperando pela meia-noite. O enredo segue descrevendo o inesperado encontro, numa noite de natal, entre um rapaz com dezesseis anos e uma mulher madura de trinta, que se mostrava camarada e compreensiva. Nogueira não acreditou na explicação e verificou que os olhos de Conceição "Não eram de pessoa que acabasse de dormir. Pareciam não ter ainda pegado sono".
O clímax da narrativa ocorre quando Conceição fica inquieta, andando de um lado para o outro e, quando se senta, cruza as pernas de uma maneira sensual, despertando a libido de Nogueira, que via em Conceição uma mulher “linda, lindíssima (...)”.
O desfecho, o encanto daquele momento termina quando o vizinho bate na janela, chamando Nogueira à Missa do Galo. Daquele dia em diante, nunca mais Nogueira conversou ou escreveu para Conceição. Restou-lhe somente a imagem do balanço do corpo de Conceição, enfiando-se pelo corredor, pisando mansinho, e sumindo de sua vida, deixando na lembrança de Nogueira, a incompreensão daquela “conversação” que teve com uma senhora, há muitos anos atrás.
O próprio narrador não consegue entender o que aconteceu naquela noite: "Há impressões dessa noite que me aparecem truncadas ou confusas", chegando até mesmo a mudar seus relatos a respeito de Conceição, que no início era somente simpática e se transforma em uma linda, belíssima mulher. Começamos a mudar nossas formas de enxergar também, somos conduzidos, levados pela narrativa. Seduzindo-nos sutilmente até chegar ao clímax seco, característica de Machado de Assis. As personagens se revelam e a sessão de análise chega ao fim. É o chamado que vem de fora: "Missa do Galo! – repetiram de fora batendo". É o momento de o nosso despertar, e o galo canta.
A linguagem
Machado usa um vocabulário e algumas construções sintáticas que às vezes parecem antigas, mas é a pura modernidade estilística.
As figuras presentes no texto
O autor nos mostra um lado pessimista e irônico a respeito do amor: “Mais baixo, a mamãe pode acordar.” “E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. [...] Afinal cansou; trocou de atitude e de lugar.Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo...” “O quê? Perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor.”
Percebemos também a presença da metáfora: "é a mesma missa da roça e que todas as missas se parecem.",“...a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar.”
Foco narrativo
Conto narrado em primeira pessoa: “eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte e não queria perdê-la.” E uma conversa inesperada vai acontecendo misturando-se à sensualidade, que é marca nos contos de Machado.
Estilo literário
Naturalista, pois os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita.
Tempo
O tempo enleia e passa por dimensões por assim dizer elásticas, pois temos a sensação de mergulharmos naqueles momentos eternos e as horas não passam e nem temos a vontade de deixa-las passar, pois nosso sentimento, nosso lado psicológico foi afetado, ficamos hipnotizados até o desfecho.
Análise das personagens
D. Conceição é a personagem que dá espaço à esta viagem ao psique humano. O narrador, seu Nogueira – naquela ocasião com seus 17 anos de idade, é um personagem que participa da história e dá pistas ao leitor sobre a noite de Natal que tanto o intrigou. D. Conceição é uma personagem que vai crescendo ao longo da narrativa e torna-se uma mulher envolvente, sedutora. O jovem cheio de vigor vai percebendo D. Conceição e nos retrata-a.
As feições de Conceição, não são reveladas, mas deixa pistas para que o leitor observe seus movimentos sutis, como descreve em certos trechos: “De vez em quanto passava a língua pelos beiços, para umedecê-los. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos”. Em outra cena, a sensualidade de Conceição é latente quando o narrador observa que as mangas do roupão branco, que Conceição usava, não estavam abotoadas e deixava metade dos braços aos olhos de Nogueira.
Além do jovem Nogueira e Dona Conceição, outras personagens são citadas durante a narrativa; Dona Inácia, mãe de Conceição e duas escravas. Há ainda um vizinho, o qual era esperado pelo narrador, para juntos, irem à Missa do Galo.
O espaço
Descrevendo o perfil físico de Conceição, o narrador, através de seu olhar, abre as possibilidades de visualização de cenas e de leitura ao leitor, que vai desvendando, analisando a personagem principal, o ambiente, as situações, como se estivesse em um consultório de psicanálise. Tudo é elaborado para que aquele que lê não tenha pressa de encontrar o desfecho. A sala pouco iluminada, a conversa entre Nogueira e Conceição meio interrompida pelos silêncios que se formavam é o espaço adequado para que se reconstrua, pouco a pouco, o cenário realizado pela narrativa.
Pretensões do autor ao falar das conversas entre as personagens
Nosso interior é aguçado, nos envolvemos, mas a narrativa mostra a realidade social da época e o autor deixa claro quando fala da escravidão que é citada pelo narrador personagem: “A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas.” E as usa como figura de linguagem para mostrar a escravidão da mulher, submissas aos maridos, pois D. Conceição mesmo sendo traída pelo marido permanecia passiva aceita a “outra” que era tida pela sociedade como mulher avançada: “...mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.”
Há segundas intenções nas ações de D. Conceição. Percebemos que se sente perturbada e vai até a sala: “Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.” “Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova.” “Tinha um ar de visão romântica, não disparatava com meu livro de aventuras.”
Nogueira também tem segundas intenções em suas palavras "Já disse que ela era boa, muito boa" usa o advérbio “bom” com dois significados diferentes.
As mulheres daquela época liam romances superficiais como é o caso de A moreninha, citado na obra, em que a mulher era apenas uma “sinhazinha”, dominada pelo pai.
A narrativa segue e naquela noite de Natal, a clima que envolve as personagens é sedutora e misteriosa.
São olhares que se fixam "... perto ficavam nossas caras" “... sem desviar de mim os grandes olhos espertos gestos.", é uma aproximação do outro, são as partes do corpo que se mostram sutilmente “... e eu vi-lhe metade dos braços muito claros, e menos magros..." é o toque "... pôs as mãos no meu ombro...”, são as sensações e percepções que se fazem sentir '... como se tivesse um arrepio de frio..." . Enfim, nada é revelado, os vazios vão se formando e mais uma vez o leitor participa da história, preenche-os vazios ou não: tudo dependerá de seu repertório, por isso é uma narrativa aberta.
Existem momentos em que parece que tudo irá ser revelado, mas não se consegue perceber nitidamente o que acontece, pois o conto passa-se no interior de nossa imaginação. E o interior do ser humano é inesperado.