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terça-feira, 7 de abril de 2009

Deseducar ou educar para a era da informação

Está se tornando uma prática na escola as discussões sobre a educação dos alunos para a utilização das novas tecnologias como meio de aprendizagem que promovam o desenvolvimento de competências e habilidades.
No entanto, existe uma polêmica quanto a utilização dessas ferramentas ,que é gerada pelo desconhecimento do que pode nos oferecer as diversas tecnologias da comunicação e informação como construção do conhecimento, e que ainda não foram totalmente incorporadas ao ensino.
Vive-se na atualidade a passagem do modelo de capitalismo industrial ao modelo de capitalismo financeiro: momento em que o valor relativo, extraído num processo de trabalho dominado pela máquina, vai sendo substituído pelo valor virtual, onde as informações se convertem em produtos. (Mance, 1998).
No cenário do século XXI, identifica-se o delineamento de uma nova era: a era do conhecimento. Esta se desenvolve no contexto de uma revolução tecnológica que possibilita movimentos de circulação de informações com velocidade e intensidade jamais previstas na história (Viana e Freitas, 2002).
Diante dessas afirmações, a educação neste século exige profissionais voltados para a sociedade do conhecimento, atualizados, compromissados, que dominem os conteúdos de sua disciplina e as ferramentas de comunicação. Profissionais que questionem o que se ensina aos alunos. Que saibam gerenciar os conhecimentos colocando-os a serviço da aprendizagem e da coletividade.
Para Demo (2001), as características do perfil do profissional moderno são essas:
Ø Saber pensar e intervir;
Ø Saber formular perspectivas;
Ø Saber pesquisar e elaborar;
Ø Saber cultivar a interdisciplinaridade e o trabalho em equipe;
Ø Saber manejar a instrumentação eletrônica;
Ø Saber reciclar-se permanentemente;
Ø Saber voltar para a universidade;
Ø Saber compor cidadania e inserção no mercado.
Dessa forma, é importante entender que, a sociedade globalizada requer profissionais que saibam trabalhar de modo coletivo e ensinem utilizando as redes do conhecimento.
Ele deve tornar-se um facilitador e gerenciador da aprendizagem e não um “mestre” transmissor de conhecimentos. E essa não é uma tarefa fácil, por isso está levando muitos profissionais da educação a repensar sua prática pedagógica em sala de aula. Talvez o que falte ainda na escola seja a aprendizagem colaborativa. Quanto a isso, poderíamos aprender com a telemática onde a relação professor, alunos e conteúdos são alteráveis porque se centra no aluno. Por conseguinte, o foco do trabalho com telemática é o processo cognitivo e a aprendizagem colaborativa, o respeito ao ritmo de cada aluno, a independência e a interação entre os vários utilizadores.
A interatividade é uma das marcas da era do conhecimento que exige formação contínua dos profissionais para que não haja o “deseducar”, mas o educar para a era da informação.
As novas tecnologias vêm contribuir com professores e alunos, ensinando-os a gerir seu próprio processo de aprendizagem.
Profª Marina
maio/08

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