O pobre homem jazia esquelético e
pálido
na caixa eterna.
No rosto e mãos entrelaçadas a cor
da morte.
Apesar do sofrimento que tivera em
vida para deixar esta existência
Mostrava- se calmo, enigmático.
Na sala do morto os vivos disfarçam
o medo e a incredulidade: do fim.
Sorrisos abafados, conversas a
meia voz, olhares pra este ou aquele.
Um entra e sai consternado; as
lágrimas nos olhos dos mais chegados.
As rezadeiras rezam as orações
encomendando o morto a Deus.
O silêncio é rompido pelos
lamentos e lágrimas de quem amou aquele
que jazz na caixa eterna dali a
pouco na terra fria.
Benzem-se os vivos frente ao morto
em sinal de respeito, cabisbaixos.
Afinal, ele merece o gesto: viveu
a vida terrena e se encaminhou para o eterno.
E os vivos se perguntam frente ao defunto – quando será minha vez?
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